(Imagem furtada ao Coimbra Jornal)
Mário Martins deixou um novo comentário
na sua mensagem "EDITORIAL: A AGONIA DA NOSSA IMPRENSA LOCAL":
Caro Luís, não é importante, mas como esclareci num comentário enviado há uns dias (e não publicado), esta imagem pertence ao COIMBRA JORNAL. Não leve a mal se, no futuro, eu utilizar uma foto do seu blogue sem a devida identificação. Cumprimentos.
Mário Martins
RESPOSTA DO EDITOR
Meu caro Mário Martins, começo por lhe
agradecer ter descido ao meu humilde tabernáculo. Bolas, caro Mário, podia
ter-se feito anunciar de outra forma. Palavra! Às tantas estava tudo desarrumado.
Imagino! Isto aqui é uma bagunça completa. Como deve imaginar, é só pó, memórias
e veneno. Muito veneno que gosto de injectar. É a minha frustração. O meu
ressabiamento. Juro que é verdade! Sou um tipo pouco recomendável, que se vende
por qualquer coisita. Utilizo a escrita como catarse –e para evitar as
consultas lá na psiquiatra, que me custavam uma fortuna. Ainda pensei trocar as
letras pelas mamas da minha psicanalista. Sério! Tinham cá um volume que ainda
penso se aquilo seria mesmo natural ou silicone. Os meus olhos ficaram lá
presos naquelas protuberâncias, mas que havia de fazer? Passei a masturbar-me
com a escrita lembrando-me daqueles dois montes erectos.
Então, continuando e desculpe uns possíveis
desvios, eu escrevo para destilar veneno. Estou sempre a direcionar os meus
escritos naqueles que não gosto, ou porque me devem dinheiro, ou porque lhes
pedi um favorzito e não me ligaram nenhuma. É óbvio que o resultado de tudo é
que cá o jornaleco já não é nada, nem chega a ser sombra do nada –não esqueça
que, em filosofia o nada é o
princípio de tudo. Isto era desnecessário, mas é para me armar em gajo culto e muito sabidão. Tenho muitas
tiradas destas. Não leve a mal.
Continuando, sou tão insignificante,
tão, tão, que às vezes, me julgo o contrário, ou seja, significante. Mas sou
tipo que não aprende –burro velho…! Depois
tenho muito a mania de me colocar em bicos
de pés. É verdade! Gosto muito de apontar os defeitos nos outros mas não
olho aos meus… Falta-me um espelho cá no meu casebre.
Por isto tudo e mais umas coisas,
agora, na redacção cá do meu pasquim já só resto eu. Foi tudo embora, desde o “olho de Lince” até à Rosete “Sempre em Cima”, uma gaja tão boa, tão
boa, que nunca mais vou ter ninguém como ela. Os seus “bicos”… de obra escrita ficaram famosos e perdurarão para sempre
nas paredes virtuais deste imaginário outrora colectivo e agora solitário. Não
é por nada, mas, por vezes, chego a pensar que ela teria sido recrutada por um
qualquer político da zona!
E NÃO SE APROVEITA NADA?
Em face deste lençol em jeito de acto de
contrição, em que mostro as minhas fragilidades na servidão humana, como na obra de W. Somerset Maugham –mais uma
tirada só para impressionar-, perguntará o meu caro Mário Martins: “e, nessa desgraça de pessoa, não se
aproveita nada? Nada?”. E eu, até condoído comigo mesmo mas a precisar de
levantar a auto-estima que está mais baixa e rastejante que a lama das lamas, mandando
um grito, respondo: HÁ SIM, SENHOR! Tenho
dois pontos de honra. O primeiro, é que faço tudo por identificar uma qualquer foto que
utilize para bons fins. Se der uma volta cá nos meus 8358 post´s e 570206
visitas, resultado de 7 anos de actividade de escrever mal e porcamente e falar pior –veja lá
o que eu não poupei sem ir à psiquiatra- verá que as imagens dos outros estão
sempre identificadas, nem que sejam com “imagem
da Web”. Este primeiro ponto para lhe dizer que reconheci a imagem que me
acusa de ter trocado o seu autor. Ora bem, vamos por partes, tenho cá para mim
que aquela figuração foi surripiada ao Notícias de Coimbra, mas admito estar
enganado e ter feito confusão. Assim sendo, meu caro, faça o favor de aceitar
as minhas desculpas! Por amor da Santa! Aceite mesmo! Juro-lhe pela minha avozinha
que não tive a mínima intenção de o prejudicar. Por isso mesmo, já peguei no
pincel e fui emendar a referência e colocá-la como deve ser.
E O SEGUNDO? QUAL É?
E então vamos ao segundo ponto de honra. Que
é?... Qual é? Eu respondo. Calma! Publicar sempre um comentário… até mesmo se
anónimo –e contra a Acta número 1 e o Estatuto Editorial cá desta coisa que não interessa a ninguém. Até digo mais, em minha defesa, se não
me ofenderem ou beliscarem os direitos de personalidade de alguém –isto para
não me mandarem sentar o cuzinho no mocho, que sei bem o que é porque já lá
estive a defender-me- os comentários são quase sempre publicados em primeira
página –pobrezinho que sou, que não tenho onde cair morto, mas muito honrado neste princípio, graças ao Altíssimo.
Isto tudo, neste segundo ponto, para lhe dizer que até agora não recebi nenhum
comentário seu –com franqueza, nem me admiro, os CTT andam a distribuir a
correspondência com vários dias de atraso. Olhe que há dias recebi uma carta
com registo simples, presumo que uma multa da Polícia Municipal, quando fui
para a resgatar no posto particular de correspondência, em Santa Clara, já não
havia carta para ninguém. Fora devolvida. Sendo assim, já vê o caro amigo Mário
Martins que isto anda tudo uma bagunçada. Mandou o seu comentário em Correio Azul? Mandou? Rogo-lhe o favor
de reclamar nos Correios. E faça uma coisa: envie outra vez cá para a nossa
pseudo-redacção o seu escrito que é imediatamente publicado. Uma coisa lhe
garanto, caro Mário: à nossa caixa postal não chegou nada! E colocou bem o
endereço? E o Código Postal? Desculpe a dúvida, mas às tantas enganou-se na
direcção! Sabe porque digo isto? Porque o senhor nunca me enviou uma cartita,
ou, sei lá, um simples postalito! Nem nunca nos visitou! Ou visitou? Não me
diga que o senhor faz parte dos cerca de, mais ou menos, mil visitantes que
diariamente vem cá dar a penaichada e
nem um pio! Não! Não posso acreditar! Nem o senhor faria isso, nem desceria tão
baixo ao visitar uma porcaria, um esterqueiro, de jornaleco como este! Isto não
interessa a ninguém! Por isso mesmo é que a leitura é de borla e nem coloco
publicidade. Sabia o caro amigo que ainda tenho de pagar para escrever? Ah,
pois! É verdade! Pago mensalmente uma prestação, creio que à Microsoft, para
publicar aqui. Já viu ao que cheguei? Quer dizer, sou uma putéfia do mais reles que há. Estou aqui a abrir as pernas a
qualquer um e ninguém paga! Muitos deles ainda cospem no prato. Palavra de
honra! –Não pense que me refiro a si. Não senhor!
Ah, é verdade, até já se me
varria: em resposta ao seu ultimato faça o favor de utilizar o que o senhor
quiser. Esteja à vontade. Isto é como um prostíbulo público. É usar o material,
forte e feio, e está de andar! Sabe porque é assim? Eu explico. É que, por um
lado, a linha que me conduz é o serviço público; por outro, quero lá saber se
me copiam? Tomara eu que me copiassem tudo! Calcula porquê? Porque só se copia
o que é bom! Não sei se teria sido claro… Será que fui, meu caro Mário Martins?
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