segunda-feira, 19 de maio de 2014

VEJAM ESTE VÍDEO E CHOREM! CHOREM POR UMA BAIXA QUE FOI DESTRUÍDA!





As imagens deste filme foram captadas no início de 1970. Atentem bem no movimento das Praças do Comércio e 8 de Maio, Ruas Martins de Carvalho, Visconde da Luz e Ferreira Borges.
Chorem...chorem...chorem! Isto é passado, e o presente é seu resultado em dinâmica, mas alguém deveria ser responsabilizado, pessoas, partidos, políticas que destruíram as zonas velhas das cidades  e as transformaram em cemitérios de mortos-vivos que ninguém ajudará nem consolará.
Recordar a Baixa nesta altura e verificar o seu estado anémico hoje é uma ofensa, um ultraje sobretudo aos mais velhos!

1 comentário:

Super-febras disse...

Amigo:

Agradecer-lhe a colocação desta pequena-metragem no seu blog é-me exigido, não só porque de verdade o Senhor o merece, mas também para dar testemunho da educação que me foi passada e era exigida nesta mesma década de 70 pelo humilde mas Grão povo de Ribeira de Frades.
Pensarão alguns que o farei porque matei saudades. Não! De todo! As saudades, com tudo o que se passa no meu país, morrerão comigo e se na sepultura se dissiparem em compasso com a carne, por muito perdurarão, pois por aqui o gelo polar, como que tentando prolongar o sofrimento ao corpo, nem de inverno permite que se abram sepulturas, tão fundo o solo empedra que a putrefação pára.
Masoquista seria se lhe agradecesse as saudades me u ter avivado, e avivou! Mas para mim as saudades são dor! As saudades são para mim a certeza de possuir alma , pois que mais podiam meras lembranças deprimir!
Então, porquê tanto querer agradecer-lhe?
Agradeço-lhe o remar contra a maré. A teimosia em mudar as coisas, especialmente quando essas mudanças beneficiam um todo que hoje vive e mais beneficiará os que hão-de vir. O amar a mesma que eu amo sem que eu sinta qualquer inveja e até me regozije em saber que tantos a amam e o que mais queremos é partilhá-la! Partilhá-la mais linda, rejuvenescida mas formosa como à séculos, bem maquilhada, vestida, calçada e de braço dado com gentes de bem, longe dos cáftens que ultimamente lhe esborratam os olhos e os lábios e com perfumes saloios lhe amansam o fétido da gonorreia comercial que lhe transmitem.
Agradeço-lhe a tentativa de me motivar para fazer algo, agradeço-lhe o abanão! E que abanão!
No documentário só reconheci uma pessoa. Não sei o seu nome mas lembro-me muito bem dele. Nunca me apercebi se era bom ou mau acordeonista mas sei que os sons por si produzidos faziam parte da sinfonia diária na azáfama Coimbrã.
O pior é que me fez aperceber que tal como a ele, a Coimbra nunca nada dei.

Meditabundo, mando-lhe um abraço
Álvaro José da Silva Pratas Leitão