(Foto de arquivo)
Ontem, à noite, no café Santa
Cruz, perante uma sala quase cheia, houve mais uma tertúlia do Lions Clube de
Coimbra sobre o lema “Vamos falar sobre a Coimbra actual –ciclo de tertúlias de
Outono na Baixa de Coimbra. O tema era “Cidade-ensino Superior unidos na
construção do futuro de Coimbra.”
Numa tentativa de descentralizar,
rentabilizar e tentar tirar mais partido destas reuniões, desta vez apresentou-se
com novo formato. Tratou-se de apresentar 18 personalidades convidadas, de
áreas diferenciadas, para, sinteticamente, apresentarem o seu pensamento sobre
o tema em três minutos apenas. Findo este tempo, os moderador, Fernando
Regateiro e Hélder Rodrigues, interrompiam sub-repticiamente o orador. Foram
convidados, por ordem alfabética, Ricardo Morgado, presidente da Associação
Académica de Coimbra, Armindo Gaspar, comerciante e presidente da APBC, Agência
para a Promoção da Baixa de Coimbra, Carlos Cidade, vereador da oposição no
executivo da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Clemente, presidente da Junta
de Freguesia de São Bartolomeu, Clara Almeida Santos, vice-reitora da
Universidade de Coimbra, Luís Lavrador, chefe de Cozinha e ligado à Escola de
Hotelaria, Daniel de Campos, presidente da ADAC, Associação de Defesa da Alta
de Coimbra, Fernando Regateiro, professor universitário, Francisco Andrade,
presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, José Belo,
vereador da Coligação por Coimbra na Câmara Municipal, Lúcio Borges, empresário
de hotelaria, Luís Quintans, comerciante, Pedro Costa, presidente do ISCAC,
Instituto superior de Contabilidade e Administração de Coimbra, Manuel Rocha,
presidente do Conservatório de Coimbra, Miguel Matias, empresário, Pinto dos
Santos, presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz, Sidónio Simões,
Director do Gabinete para o Centro Histórico, e Vitor Marques, gerente do Café
Santa Cruz.
Também a boa música instrumental marcou
presença, a cargo de dois bons executantes. Daniel Tapadinhas e Ismael. Dos que não marcaram presença, mais uma vez, foram os operadores comerciais da Baixa, comerciantes e hoteleiros, que, retirando os convidados, pelos vistos, continuam a marimbar-se para o que ali se fala e trata.
Cada tribuno apresentou as suas
ideias. A maioria levava uma folha escrita o que tornou massudo e algo
impessoal a tertúlia. À medida que cada um era chamado ao micro, era notória
uma tensão crescente pelo facto de ser apresentado em frente de todos. Aquela
exposição, em analogia, era como se tratasse de uma prova oral –para quem não
levou um texto escrito. Para quem levou, como estava preocupado com os três
minutos, ora passava por cima de frases, ora não se entendia o que dizia.
Salvo melhor opinião, e apesar
deste novo formato pretender o melhor para este tipo de reuniões, este novo
modelo não convenceu. Faltou espontaneidade aos arguentes, que lhe era retirada
pelo facto de estarem apenas concentrados na leitura. Estes encontros
pretendem-se vivos, mesmo que, de entre a assistência, possa surgir um cromo –como
eu, por exemplo- e possa não cumprir as regras de protocolo, como já aconteceu
em anteriores sessões. São essas pequenas passagens que quebram a rotina, fazem
vibrar a assistência, e tornam estes eventos menos herméticos e estandardizados.
Volto a repetir, e sem favor
nenhum, a intenção de mudança foi a melhor. Não resultou? Paciência! Mas sem
esta prova não teria sido possível aferir o rendimento. Só pela coragem de
tentar, uma salva de palmas para Hélder Rodrigues, o coordenador do Lions Clube
de Coimbra.
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