(Pedir para algo fundamentado e necessário não envergonha quem pede e, em contrapartida, enobrece quem dá)
Começou hoje o peditório para
fazer face aos custos de escritura e promulgação dos Estatutos da Casa do
Comerciante de Coimbra. Ver aqui. E aqui.
Durante uma hora, das 10 às 11 horas,
eu e o Henrique Ramalhete, da “Casa Bambina”, ambos comerciantes, iniciámos o rogar
na Rua das Padeiras. Saliento a boa-vontade geral de todos os comerciantes a
quem pedimos uma nota de 5 euros, o que torna esta acção muito mais
gratificante –lembro que as despesas de constituição de sociedade sem fins
lucrativos implicam uma verba de mais de 500 euros. Como tal, e de acordo com os
membros da comissão instaladora, entendemos pedir 5 euros a cada comerciante
para esta despesa inicial. Esta primeira dádiva será descontada na quota de
associado.
É muito interessante sentir o
pulsar e ver a reacção de pessoas que, apesar de estarem financeiramente vulneráveis,
mal falamos que é para a realização da “Casa do Comerciante”, imediatamente
puxam da nota sem sequer se lamentarem, ou interrogarem o porquê de tudo isto.
Parecem adivinhar o que nos move e está por detrás deste esforço. Nesta rua até
uma loja chinesa contribuiu. Em contrapartida, e apenas como registo, um
comerciante aqui instalado há décadas, apenas um, não colaborou. Argumentou que
não sabia quanto tempo iria estar ali. E alguém sabe algo acerca do futuro? É
por isso mesmo que se tenta levar esta obra solidária para a frente. Não
preciso de chamar à colação este aforismo popular, mas vem a propósito: “só
quem partilha cresce.”
Nesta primeira hora deste
primeiro dia, conseguiu-se 110 euros. O que, num primeiro balanço geral, dá
para ver que poderemos contar com a generosidade de quase todos os
profissionais do comércio. Muito obrigado a todos.
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