(Pedir para algo fundamentado e necessário não envergonha quem pede e, em contrapartida, enobrece quem dá)
Hoje, cerca das 9h30, pelo quinto
dia, eu e o Armindo Gaspar recomeçámos o peditório para a escritura e
promulgação dos estatutos da “Casa do Comerciante da cidade de Coimbra”, e que
importará em mais de 500 euros. Em cerca uma hora e meia conseguimos 150 euros.
É com muita satisfação que afirmo que já temos a verba necessária para o acto
notarial. Na próxima quarta-feira será feito a última ronda, sobretudo, porque
estava calendarizada e também para calhar, por igual, o mesmo esforço a todos
os membros da comissão instaladora, e também para fazer face a despesas que possamos não contar. Lembro que esta organização está a cargo do
João Braga, da Retrosaria “Zig-zag”, nas Escadas do Gato, do Henrique
Ramalhete, das confecções Bambina, na Rua das Padeiras, do Francisco Veiga, das
Modas Veiga, na Rua Eduardo Coelho, do Arménio Pratas, das modas Sofimoda, na
Rua da Sofia, do Armindo Gaspar, da Perfumaria Pétala, na Rua Visconde da Luz,
e de mim, Luís Quintans, de O Encanto da Freiria, no Largo da Freiria.
Nestas vias pedonais de
excelência da Baixa sentimos o que já descrevi: a falta de fé; um desânimo
perceptível a olho nu. Como já é hábito, alguns manifestaram a negação porque,
proximamente, contam em encerrar as portas. Outros alegam que isto não vale a pena,
“cada um tem de lutar sozinho e não esperar pelos outros. Isto não dá em nada”.
Aliás esta frase foi tão repetida que até faz impressão a forma como os
comerciantes encaram o futuro negativamente. Alguns ainda manifestaram a incredulidade
desta acção solidária não ser desencadeada pela ACIC, Associação Comercial e
Industrial de Coimbra. Naturalmente que respondemos que os objectos são diferentes.
Aqui, com este projecto, pretende-se ter à mão um instrumento para poder acudir
materialmente às situações mais calamitosas. Não nos pretendemos nem substituir
nem, com este desempenho, denegrir a vetusta associação comercial. Buscamos,
simplesmente, objectivos diferenciados. A todos deixámos a mensagem de que não
andamos a espalhar a boa nova, armados em salvadores da classe, nada disso. Prometemos
apenas erguer juridicamente e materialmente, com sede, este plano de ajuda aos
profissionais do comércio. Depois, na continuação, a obra nascerá consoante o
interesse que todos manifestem. Por isso mesmo fazemos questão de, logo no
início, envolver todos com uma pequena verba. É muito trabalhoso? Nem o leitor
calcula. Mas é um trabalho de base essencial. Como o fazemos
desinteressadamente, e sentimos que estamos a erguer algo desde as fundações,
pedra a pedra, é engraçado mas dá um gozo enorme.
Muito obrigado a todos, sobretudo
àqueles que têm uma “paciência de Jó” para me aturar –e aqui incluo os meu
colegas deste empreendimento- porque tenho consciência de que sou mesmo uma
grande “melga”. Para os outros comerciantes, que andamos a aborrecer, alguns já
me conhecem e, se numa primeira fase, em anteriores iniciativas em que foi
pedida a sua participação pecuniária até fui injusto com eles, agora, verifico
que são os primeiros a contribuírem. Outra vez, a todos, muito agradecidos.
(SE QUISER SABER MAIS SOBRE A "CASA DO COMERCIANTE" CLIQUE AQUI)
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