terça-feira, 13 de novembro de 2012

AS ILUMINURAS DE UM NATAL PRETENSAMENTE TRISTE




 Estão andar em velocidade de cruzeiro as iluminações de Natal promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra e de concurso consignada à firma Teixeira Couto, Lª, de Paredes.
Já são visíveis alguns arcos em alguns largos, como o da Portagem e o da Freiria. Esta firma do norte, cujo bom desempenho de outros anos nos habituou, continua a sua empreitada para embelezar um pouco a Baixa da cidade.
Se, pelo tempo de vacas magras que vivemos, a meu ver, nada há a apontar à autarquia, já quanto à informação destes trabalhos continuamos na idade da pedra. Todos os anos, como disco riscado, continuo a sugerir aos eleitos da edilidade que sejam melhores políticos. Por que razão não me ouvem? Se calhar é por os meus "conselhos" serem à borliú". Estão habituados a pagar, e quando aparece uma alma generosa como eu, modéstia à parte, desconfiam. Deve ser isto, não deve? Cá para mim é mesmo!
Bolas!, nem para capitalizarem em seu proveito sabem? Não basta à mulher de César ser boa; tem de mostrar o colo e parte da coxa. O que quero dizer com este disparate em forma de frase feita? De que é preciso o executivo camarário informar atempadamente os munícipes do que vai fazer; informar as instituições representativas de classes profissionais sobre os seus planos futuros. Como neste caso das ornamentações, é caricato não se saber nada sobre o que vai acontecer. Informar, para além de ser uma obrigação administrativa, ao abrigo do princípio da transparência e publicitação dos actos, é um dever. Além de mais, noticiando e mostrando o que se vai fazer, será uma forma normalíssima de fazer política. Porque poderemos interrogar: afinal o que é isso de política? Como sou muito sábio, vou responder. “É a ciência ou arte de governar; conjunto dos princípios e dos objectivos que servem de guia a tomadas de decisão e que fornecem a base da planificação de actividades em determinado domínio”. Isto é o que diz o dicionário, mas eu acrescento: política é a arte de, com poucos meios, conseguir estender ao todo, abrangendo o máximo, e criar a ilusão de que ninguém foi discriminado.
Deveria ir para assessor, não devia? É evidente que sim. Um “tachito”, mesmo que fosse para levar o farnel até dava jeito. Mas que querem? Santos da casa não fazem panelinha!?




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