Ontem no Diário de Coimbra (DC) a
notícia rezava assim: “Paulo Trincão é o director do Jardim Botânico”. Na
continuação da informação, “Paulo Trincão, antigo director do Museu Da Ciência
e da Técnica, é o novo director do Jardim Botânico de Coimbra. A informação foi
confirmada ontem, ao DC, por Helena Freitas, vice-reitora da Universidade de
Coimbra e ainda directora daquele espaço, esclarece que só em Janeiro de 2013 é
que Paulo Trincão assumirá formalmente funções.”
Perante esta boa-nova poderemos
aventar várias ilações. A primeira é que o nosso jardim casamenteiro –no sentido
de que quase todos os da minha geração foram lá tirar fotografias no dia do “casório”-
vai perder a sua musa empreendedora encantada –mais à frente explicarei que
pode ser por uma boa causa. A segunda, conhecendo eu alguma coisa ainda que
relativa de Paulo Trincão, é que o Botânico fica em muito boas mãos e bem
entregue. Este professor universitário, gerador de cultura, e “fazedor de obras”,
durante um tempo foi o “homem do leme” do desaparecido Museu Nacional da
Ciência e da Técnica Doutor Mário Silva (MCTMS). Quando estava a mostrar
trabalho o governo decidiu extinguir a obra recordatória do grande cientista e
distribuir o seu acervo pelo Museu da Ciência, entretanto criado, e por outros
museus nacionais –basta lembrar que o MCTMS detinha no seu espólio um automóvel
de Salazar e duas avionetas. Segundo se constou por cá na nossa “aldeia”, perante
este desrespeito triplo –pela cidade, pela memória de Mário Silva e perante a sua
própria pessoa- Paulo Trincão ficou deveras magoado e, como migrante
descontente de malas aviadas mas com Coimbra no coração, rumou até à
Universidade de Aveiro onde, nos últimos anos, como professor e investigador,
realizou um meritório trabalho. A terceira ilação, e esta a mais importante de
todas e que me levou a escrever: que razão estará por detrás da substituição de
Helena Freitas, sabendo que, pelo que se diz, estaria a fazer um bom trabalho
no jardim do Éden? Sei lá! Pode estar cansada; pode querer ir para o Brasil
leccionar para uma Universidade daquele país e, ao mesmo tempo, fazer investigação
na área em que está licenciada, biologia; pode ir ocupar um outro cargo na Universidade
de Coimbra onde é vice-reitora e agora chamada para outros desempenhos; pode
ser também que, como em Janeiro é Inverno, tenha necessidade de preparar a Primavera
autárquica para ser a candidata oficial à Câmara Municipal de Coimbra, pelo
Partido Socialista (PS) e bater-se nas urnas com João Paulo Barbosa de Melo –que
embora poucos acreditem ser o candidato oficial do PSD, cá para mim, de todos
os (im)prováveis, poderá ser o melhor e será mesmo anunciado. Quanto à flor
silvestre que está de saída, Helena Freitas, se a minha razão avocada, na candidatura, for certa
e assim acontecer, tenho de confessar, finalmente, e já não era sem tempo, o PS
acertou em cheio.
Qual das premissas apresentadas será?
Quem irá responder?
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Com a devida vénia, transcrevo a resposta recebida de Helena Freitas, no Facebook:
" O Prof. Paulo Trincão veio a meu convite para o Jardim Botânico, cuja gestão continuarei a acompanhar pela Reitoria. Mas neste momento, era mais importante para o Jardim ter uma pessoa a tempo inteiro e com o perfil do Paulo! Vinha preparando esta substituição desde que anunciei na saída da Assembleia Municipal de Coimbra. Beijinhos."
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Com a devida vénia, transcrevo a resposta recebida de Helena Freitas, no Facebook:
" O Prof. Paulo Trincão veio a meu convite para o Jardim Botânico, cuja gestão continuarei a acompanhar pela Reitoria. Mas neste momento, era mais importante para o Jardim ter uma pessoa a tempo inteiro e com o perfil do Paulo! Vinha preparando esta substituição desde que anunciei na saída da Assembleia Municipal de Coimbra. Beijinhos."
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