"Autarquia quer construir
novo Arquivo Municipal
Programa preliminar da construção do edifício, que deve
custar cerca de um milhão de euros, é hoje analisado pelo executivo"
IN DIÁRIO DE COIMBRA
Salvo melhor opinião, mesmo
atendendo que o Arquivo Municipal está espalhado por vários edifícios não posso
entender que num momento de tão grave crise das Finanças Públicas, ao invés de
se reaproveitar o edificado já construído e até para revitalizar as zonas
envolventes, se continue a erguer edifícios a esmo. Há alguma crise? Onde é que
está? Devo ser só eu a senti-la. De Norte a Sul as autarquias continuam a
inaugurar mastodônticas construções que só servem para gastar dinheiro. Ainda
ontem li sobre um parque escolar, em Anadia, construído com verbas do QREN e à
nossa conta, em investimento público, creio, o montante foi de um milhão de
euros. Hoje li sobre a construção de uma capela mortuária em S. Silvestre no
valor de 47 mil euros. Onde está a crise, volto a interrogar? Até admito que em
alguns casos algumas destas estruturas sejam mesmo necessárias, mas se não há
dinheiro como justificar a sua premente necessidade?
Voltando à construção do Arquivo
Municipal, numa altura em que tanto se fala em revitalizar a Baixa, fará algum sentido
ir para Eiras? Não haverá aqui, nesta zona antiga, nenhum edifício disponível?
Nem na Rua da Sofia? Num dos antigos quartéis? Ou outra qualquer estrutura
mesmo sem ser na Baixa? O antigo Pediátrico serve para quê? Continuamos no
mesmo "regabofe" de gastar à tripa forra. Continua-se a pensar da
mesma forma que há 5 anos: construir... construir... construir. Quem vai pagar?
Somos um país de autarquias
"ricas", gastando o que não é deles e hipotecando o futuro dos nossos
filhos e netos, e lestos a taxar os munícipes com "alcavalas"
impossíveis de suster. Deveria ser decretado imediatamente a proibição de novas
construções públicas, sobretudo para câmaras endividadas, como é o caso da de
Coimbra. Assim não vamos lá!
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