(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
Um comentário recebido sobre dois
artigos escritos n’O Despertar, respectivamente sobre a insegurança na Baixa e
sobre a “Casa do Comerciante”
Sobre a insegurança na baixa,
porque não divulgam as estatísticas dos crimes praticados nas grandes
superfícies? Estarão alguns jornalistas, por deformação profissional, ou a
soldo do grande capital, a dar cobertura à mentira? Sobre a Casa do Comerciante:
a CMC, que tanto gasta, por vezes mal, não tem uns trocos para oferecer,
pagando a escritura? Seria até uma forma de honrar vários edis que teve ligados
ao comércio.
Abraço.
João Pinho.
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NOTA DO EDITOR
Tem razão nas suas observações, João
Pinho. Porém, em relação à Casa do Comerciante, é minha obrigação salientar que não pedimos mais nada à Câmara a
não ser o espaço. E, sendo assim, até pode você questionar o porquê de tão
pouco, se afinal é preciso pedir o céu para obter uma nuvem? Eu respondo da
mesma forma que escrevi no texto: os comerciantes, na qual me incluo, mesmo com
a grave crise que estão a passar, têm de demonstrar, todos, que estão dispostos
a sacrificar o pouco que alguns têm para ajudar os mais necessitados. Estou a
ser pouco convencional, no sentido de que todos estamos habituados a pedir
muito? Estou certo que sim. Mas, para mim que tenho andado a caminhar para as
reuniões do executivo, preciso de sentir o apoio do tecido comercial. E mais,
prefiro partir sem dinheiro e, devagar, ir crescendo, do que começar com muitos
meios e, passado um ano ou dois, o projecto morrer por falta de interesse de
quem mais o deveria demonstrar. Estou pessimista? Poderá o amigo interrogar.
Não. Estou apenas a ser realista. Sei que não vai ser fácil, mas o que se
conseguir terá de ser à força de ombros, da boa vontade e participação de quase
todos. Preciso de uma prova de confiança. Depois de ter esta premissa de
avaliação realizada, então sim, nessa altura, desenvolveremos outras
"demarches" junto da autarquia e de outras entidades para pedir
outros apoios. Estou a ser muito limitado? Acredito que possa estar, mas eu sei
como são estas coisas. Começa-se muito alto a voar, com muitos planos à
mistura, e gastando muitos meios, mas como o envolvimento das pessoas é mínimo,
a queda é certa. Assim, como ainda estamos com os pés na terra e nem sequer
voamos, se cairmos, o trambolhão não será muito grande.
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