sexta-feira, 2 de novembro de 2012

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)

Um comentário recebido sobre dois artigos escritos n’O Despertar, respectivamente sobre a insegurança na Baixa e sobre a “Casa do Comerciante”


Sobre a insegurança na baixa, porque não divulgam as estatísticas dos crimes praticados nas grandes superfícies? Estarão alguns jornalistas, por deformação profissional, ou a soldo do grande capital, a dar cobertura à mentira? Sobre a Casa do Comerciante: a CMC, que tanto gasta, por vezes mal, não tem uns trocos para oferecer, pagando a escritura? Seria até uma forma de honrar vários edis que teve ligados ao comércio.
Abraço.
João Pinho.

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NOTA DO EDITOR

 Tem razão nas suas observações, João Pinho. Porém, em relação à Casa do Comerciante, é minha obrigação salientar que não pedimos mais nada à Câmara a não ser o espaço. E, sendo assim, até pode você questionar o porquê de tão pouco, se afinal é preciso pedir o céu para obter uma nuvem? Eu respondo da mesma forma que escrevi no texto: os comerciantes, na qual me incluo, mesmo com a grave crise que estão a passar, têm de demonstrar, todos, que estão dispostos a sacrificar o pouco que alguns têm para ajudar os mais necessitados. Estou a ser pouco convencional, no sentido de que todos estamos habituados a pedir muito? Estou certo que sim. Mas, para mim que tenho andado a caminhar para as reuniões do executivo, preciso de sentir o apoio do tecido comercial. E mais, prefiro partir sem dinheiro e, devagar, ir crescendo, do que começar com muitos meios e, passado um ano ou dois, o projecto morrer por falta de interesse de quem mais o deveria demonstrar. Estou pessimista? Poderá o amigo interrogar. Não. Estou apenas a ser realista. Sei que não vai ser fácil, mas o que se conseguir terá de ser à força de ombros, da boa vontade e participação de quase todos. Preciso de uma prova de confiança. Depois de ter esta premissa de avaliação realizada, então sim, nessa altura, desenvolveremos outras "demarches" junto da autarquia e de outras entidades para pedir outros apoios. Estou a ser muito limitado? Acredito que possa estar, mas eu sei como são estas coisas. Começa-se muito alto a voar, com muitos planos à mistura, e gastando muitos meios, mas como o envolvimento das pessoas é mínimo, a queda é certa. Assim, como ainda estamos com os pés na terra e nem sequer voamos, se cairmos, o trambolhão não será muito grande.

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