APANHEI UMA VIROSE

(Imagem da Web)

Estou que nem posso! Logo de manhã apanhei nas trombas com uma virose que fiquei logo zonzo! Ou melhor, um vírus em forma de vídeo no Facebook. Hoje, durante todo o santo dia, estou a imaginar o rir a bandeiras desfraldadas do filho da mãe –penso que não deve ser filho de puta- que me conspurcou o sistema informático. Estou a ver se descubro quem foi o cabrão! Já tenho uma lista enorme de nomes que vou riscando após aturada análise entre prós e contras. Às tantas, é algum gajo que eu disse mal! Será que foi o…? Não, com o lugar importante que ele ocupa, ele não ia fazer-me isto… Ou seria?

Mas estou quase bom! Já me sinto a recuperar da invasão virótica. Só tinha medo que fosse a Legionela. Sim, poderia ser. Aparentemente, como dizem, se ela germina numa chaminé em forma de torre de refrigeração porque não pensar que também brota num computador? Em boa verdade ainda estou a juntar os sintomas para ver se consigo um diagnóstico feliz.

Para além de saber que vem do espaço sideral e foi um putéfio que -mais que certo gosta de mim- me fez esta partida, sei pouco mais! Posso aventar hipóteses, sei lá, poderia não pretender ser uma maldade! Não me admira nada que fosse uma prenda de Natal! Até poderia ser! É que em boa verdade nunca me lembro de ser tão contactado como hoje pelos meus muitos “amigos” que nunca se lembram de mim nem quando faço anos. Tentar entrar em diálogo com eles é para esquecer. Estão mais frios que a múmia do Tutankamon. Mas foi giro! Lá isso foi! Ui, ui! E tantas mulheres a perguntarem a que se devia tanta generosidade da minha parte. E eu, entre o tossir e fazer que estava muito doentinho, lá respondia que era um vírus. Eram mensagens de todos os lados e de todos os jeitos a chover na minha caixa de correio. Algumas até assim: “que é isto? Tire-me imediatamente esta merda senão retiro-o da minha lista de amigos!”. Mesmo assim, ainda respondi a alguns para fazerem isso depressa! Para me expulsarem. Eu queria lá saber?! Eles nunca foram meus conhecidos quanto mais amigos!? Homessa!

Embora sem febre, mas exangue e completamente perdido por não saber para onde me havia de virar por tanta correspondência, confesso, tenho mesmo de confessar: até me senti importante. Palavra de honra! Só sei que nunca tive tanta gente a contactar-me num só dia!

Estou muito feliz com a virose.