terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ORNAMENTAÇÃO QUE VAI À FRENTE ILUMINA DUAS VEZES



Com uma decoração simples e muito agradável aos olhos, a fazer lembrar a época natalícia de outros tempos na Baixa, a Rua Adelino Veiga, com passadeiras vermelhas e vasos ornamentados junto às lojas, surgiu hoje toda engalanada e pronta a receber de braços abertos os muitos clientes que se esperam nas dezenas de estabelecimentos que fazem parte da artéria do poeta popular que lhe deu nome.
Os mentores desta ideia foram a Liliana Fonseca, proprietária da loja de artigos decorativos “Decore-me”, e a Cristina, funcionária da Românica, um conhecido estabelecimento de brinquedos e artigos generalistas.
À pergunta como surgiu esta ideia, respondeu a Liliana: “liguei para a APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, a perguntar se não havia inconveniente em colocar os enfeites –já que tinha lido n’O Despertar que a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) andava a implicar com os vasos nas ruas de cima. Disseram que não havia problema em colocar os adornos uma vez que é provisório e estamos no mês de Natal.
Assim, contactámos todos os comerciantes nossos vizinhos e contra um pagamento de 5 euros cada um, decidimos pôr mãos à obra para dar alegria à nossa rua já que a CMC está a demorar as ornamentações natalícias. Para além disso, como já é costume, está a concentrar as decorações nas ruas largas. Entendo que, devido à crise, se gaste menos e que o orçamento seja de racionalidade. Porém, não é justo! Todos pagamos impostos. Não pode haver filhos e enteados. Se há pouco -o que se compreende perfeitamente que seja assim- deve ser dividido irmãmente por todos.”

HÁ FLORES NAS RUAS LARGAS



Curiosamente, hoje, seguindo a tradição de outros anos, alguns estabelecimentos das Ruas Visconde da Luz e Ferreira Borges apareceram também com passadeiras e vasos de flores nas suas portas. A funcionária de um deles, pedindo o anonimato, descreveu que os patrões tinham falado com alguém da APBC e que não havia nenhum obstáculo legal por parte da autarquia.



E QUANDO SE DEFINE A CMC?

Não foi possível contactar Vitor Marques, presidente da APBC, para ouvir as suas declarações sobre este assunto. No entanto, penso, está na altura da CMC se pronunciar. Até porque o costume, e já há vários anos, é o de cada comerciante, individualmente ou em grupo, contribuir para embelezar a área envolvente ao seu estabelecimento. Será que, por uma questão de teimosia, a autarquia, remando contra a maré, quer continuar neste absurdo de taxar um serviço público? Acho que não!

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