terça-feira, 2 de dezembro de 2014

EDITORIAL: A BAIXA ESTÁ A MUDAR?



Como se sabe, quando estamos dentro do turbilhão, olhando para a esquerda e para direita, só vemos desgraça. Bem sei que, enquanto escriba da calamidade, a noticiar o menos bom sou o primeiro mensageiro. Mas, se posso escrever assim, como todos os anjos do desastre são bipolares, que têm dois polos opostos, de vez em quando tenho uma espécie de reviravolta e faço uma pirueta. E é assim que com base em pequenos indícios, parecendo um político, esta semana sinto algum optimismo em relação ao futuro desta zona velha. A procura de locais para arrendar continua em alta. É uma pena os proprietários não entenderem que são uma parte fundamental do futuro que se adivinha e devem baixar as rendas. Tudo indica que vamos ter uma nova unidade do McDonald’s na Rua Visconde da Luz –o que, a par de outros investimentos, pode constituir o motor necessário para revitalizar a Baixa, de dia e de noite. Já aqui dei conta de imensos obstáculos para os transeuntes e comerciantes em geral e da responsabilidade da autarquia. Ora, tenho verificado que a resposta, por parte da edilidade, pode tardar mas é eficaz. Os exemplos são muitos e não vou descrevê-los. Por outro lado e ainda, para além das iluminações públicas que estão anunciadas para o próximo dia 6, vários eventos estão calendarizados para esta quadra de Natal. Com um orçamento baixo, mas racional, parece-me de bom senso. Bem sei que a tentação para criticar é grande mas, lembremo-nos, estas festas, contrariando outros tempos, não custam um cêntimo aos comerciantes. Ora, a cavalo dado não se olha o dente. Estou a ser claro?

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