Como se sabe, quando estamos dentro do
turbilhão, olhando para a esquerda e para direita, só vemos desgraça. Bem sei
que, enquanto escriba da calamidade, a noticiar o menos bom sou o primeiro
mensageiro. Mas, se posso escrever assim, como todos os anjos do desastre são bipolares, que têm dois polos opostos, de vez
em quando tenho uma espécie de reviravolta e faço uma pirueta. E é assim que
com base em pequenos indícios, parecendo um político, esta semana sinto algum
optimismo em relação ao futuro desta zona velha. A procura de locais para
arrendar continua em alta. É uma pena os proprietários não entenderem que são
uma parte fundamental do futuro que se adivinha e devem baixar as rendas. Tudo
indica que vamos ter uma nova unidade do McDonald’s
na Rua Visconde da Luz –o que, a par de outros investimentos, pode constituir o
motor necessário para revitalizar a Baixa, de dia e de noite. Já aqui dei conta
de imensos obstáculos para os transeuntes e comerciantes em geral e da
responsabilidade da autarquia. Ora, tenho verificado que a resposta, por parte
da edilidade, pode tardar mas é eficaz. Os exemplos são muitos e não vou
descrevê-los. Por outro lado e ainda, para além das iluminações públicas que estão
anunciadas para o próximo dia 6, vários eventos estão calendarizados para esta
quadra de Natal. Com um orçamento baixo, mas racional, parece-me de bom senso.
Bem sei que a tentação para criticar é grande mas, lembremo-nos, estas festas,
contrariando outros tempos, não custam um cêntimo aos comerciantes. Ora, a
cavalo dado não se olha o dente. Estou a ser claro?
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