segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O METRO DOS MERCEEIROS

(Imagem da Web)



Segundo o Diário de Coimbra (DC), “O Primeiro-ministro assumiu ontem (sábado), em Miranda do Corvo, o compromisso de candidatar ao novo quadro comunitário de apoio uma solução de mobilidade para o ramal ferroviário da Lousã, que foi desactivado há cinco anos. “julgo que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) está nesta altura a ultimar o estudo de viabilidade que se exige que se estudem também alternativas, para as poder comparar, usando o mesmo veículo de infra-estrutura que já está colocado. A possibilidade de alternativa passa por ter ligações com autocarros eléctricos”, disse Passos Coelho.”
Continuando a citar o DC, “O presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, disse não aceitar uma solução para o Ramal da Lousã que não passe por um sistema de transporte em carris. Também o porta-voz do Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis (MCCLMG), Jaime Ramos, voltou a defender o restabelecimento da ligação entre Serpins e Coimbra “em transporte público de passageiros sobre carris”.
Fui ouvir um utente diário dos autocarros que, em regime de substituição do desaparecido comboio, faz a ligação até Coimbra e vice-versa. Sob anonimato e à minha pergunta se esta medida apresentada pelo chefe do Governo faz sentido foi categórico: “claro que faz! Falando em sentido geral de quem utiliza este transporte suburbano, nós queremos é ser servidos. Não temos absolutamente nada contra os autocarros eléctricos. Venham eles e depressa! As posições tomadas pelos que se assumem defensores dos interesses da região, quer do presidente da edilidade Mirandense, Miguel Baptista, do PS, quer a do MCCLMG, Jaime Ramos, são contra a conveniência dos usuários. Como obsessão, e como se não tivesse havido mudanças no país, continuam agarrados às suas teses iniciais. Embora em partidos ideologicamente opostos, têm uma posição política mais pessoal do que a defesa da utilidade popular. Um e outro, Ramos e Baptista, não andam de transportes públicos. Que, aliás, toda a zona de Miranda e Lousã está muito bem servida de autocarros. Bem de mais, diria. Já não faz sentido tantas carreiras –entre as 7h25 e as 8h05 há pelo menos umas cinco ligações. Costumo viajar no que sai de Miranda do Corvo às 7h40 e vem sempre com a lotação a menos de metade. Só o das 7h45 é que ultrapassa a meia ocupação. Só me lembro de viajar numa camioneta a abarrotar quando uma das ligações não se realizou por terem furtado o gasóleo. Às vezes é um dó verificar que o autocarro das 8h05, que sai directo até Coimbra sem paragens, corre veloz praticamente vazio. Ano após ano, e desde há cinco, talvez pelo desemprego crescente, o fluxo de passageiros tende sempre a minorar. Era altura de todos os envolvidos nesta questão, incluindo as autarquias, Governo e a oposição, se deixarem de interesses egoístas e, de uma vez por todas, começarem a pensar finalmente no povo, nas pessoas que, como eu, não têm alternativa.”

3 comentários:

J. Norberto Pires disse...

Totalmente de acordo. O que sempre foi necessário foi uma solução de mobilidade que sirva as populações e se centre nas suas necessidades, e nas possibilidades do país.

Anónimo disse...

so vejo coco...

Anónimo disse...

E porque não autocarros articulados, motorizados a "Biodiesel" (http://www.prioenergy.com/produtos-e-servicos/producao-de-biodiesel/) ou outro combustível alternativo, que não obstante o facto de preencherem as necessidades da população se tornam a solução mais económica, bastando asfaltar a via existente e criar a meio do trajecto uma ou mais estações para fazer a mudança de rota entre os veículos. Solução económica, viável, transparente e sem encher bolsos a ninguém