“Álbum
com 113 imagens da exposição de fragmentos de presépios da colecção de
escultura, em reserva no Museu Nacional Machado de Castro.
Exposição intitulada “Fragmentos de Natal”, patente de 18 de Dezembro de 2014 a 6 de Janeiro de 2015 no MNMC.
Exposição intitulada “Fragmentos de Natal”, patente de 18 de Dezembro de 2014 a 6 de Janeiro de 2015 no MNMC.
Desde o séc. IV que o Nascimento do Menino Jesus é tema nas artes plásticas, sobretudo em relevos e pinturas murais, destinados quase exclusivamente a espaços religiosos.
Em 1223, S. Francisco de Assis, com o objectivo de tornar a liturgia do Natal mais acessível e portanto mais próxima dos fiéis, criou uma encenação invulgar, transpondo do espaço religioso para a natureza — uma gruta nos bosques montanhosos de Greccio — os festejos da noite do nascimento do Menino.
Contudo, a verdadeira história do Presépio inicia-se no séc. XVI, quando as figuras da Noite Santa ganham autonomia, libertando-se gradualmente das paredes dos altares e retábulos. Começam a aparecer pequenos grupos de
figuras de vulto, inicialmente acopladas e articuladas. De forma
progressiva evoluem para aquela que hoje reconhecemos como a principal
característica dos presépios, a que os distingue de outras formas de
representação do tema: o facto de ser modificável.
Escalonados e perspectivados, os presépios portugueses desenvolvem-se agrupando quatro núcleos fundamentais da narrativa cristã, representada em figuras de tamanho hierarquizado: a Sagrada Família e os animais, a orquestra angelical, os pastores e doadores e os Reis Magos.
Esta exposição mostra algumas peças que integram presépios incompletos, fragmentos que se guardam actualmente nas reservas do Museu.”
Dinis Manuel Alves
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