“Trocando
por miúdos, ou seja, se você, que é um(a) cota,
é
um daqueles comentadores que no Facebook está sempre
a
debitar planos para transformar a Baixa, ou, no limite, até tem
uma
ideia já há muito martelada em longas noites de insónia,
tem
agora uma excelente oportunidade de passar à prática.”
Ontem,
com apresentação de Regina Bento, a jovem estrela cintilante da
maioria no executivo, foi apresentado na antiga Casa dos Pobres, no
Pátio da Inquisição, o “Coimbra Participa”, a
primeira edição de um orçamento participado, assentando num
projecto dividido em dois escalões direccionados em função da
idade, de ideias apresentadas por munícipes que residam, trabalhem
ou estudem no concelho de Coimbra. A intenção subjacente é a
dinamização do cento histórico.
O
primeiro escalão, o “Coimbra Jovem Participa”
destina-se aos mais novos, entre os 14 e os 30 anos. Com um orçamento
plafonado de 50 mil euros, podem candidatar propostas até um
montante máximo de 20 mil euros.
O
segundo escalão, o “Coimbra Participa”, tem por objecto os mais
velhos, a partir de 30 anos. Com um plafond de 100 mil euros,
cada proposta tem um limite de 50 mil euros.
Tem
4 fases:
*A
primeira é a apresentação de propostas entre 12 de
Março e 30 de Abril.
*A
segunda será a de análise técnica pelos serviços
municipais, e decorre de 1 a 15 de Maio.
*A
terceira será a votação dos projectos, e decorre de
01 a 30 de Junho.
*A
quarta será a fase de execução, a partir da segunda
semana de julho. Os vencedores terão
12 meses para os colocar em prática.
O
período de reclamações será entre 16 a 25 de Maio.
A
apresentação pública dos projectos vencedores está prometida para
a primeira semana de Julho.
As
ideias, que após análise técnica poderão ser transformadas em
projectos, podem ser apresentadas durante a fase 1 no site municipal
www.participa.cm-coimbra.pt.
As
votações, a decorrer entre 01 e 30 de Junho, escolhendo o projecto
que se identifica mais, serão obrigatoriamente admitidas através da
Internet e, para isso, é preciso aceder a
www.participa.cm-coimbra.pt
e clicar em “votar”.
O
prazo de execução é de 12 meses para cada propositura ganhadora.
Os
critérios de selecção são os seguintes:
-As
ideias não podem implicar construção ou requalificação de
infraestruturas;
-Não
podem configurar pedidos de apoio ou venda de serviços a entidades;
-Não
podem exceder os montantes previstos nem o prazo máximo de execução
estabelecido;
-Não
podem encontrar-se em execução;
-Não
podem ser demasiado genéricos ou demasiado abrangentes;
-Não
serem tecnicamente inexequíveis;
-Não
podem ser comissionados por marcas registadas, abrangidas por
direitos de autor ou tenham sobre si patentes registadas;
-Não
podem depender de parcerias ou pareceres de entidades externas cujo
período de obtenção seja incompatível com os prazos do Orçamento
Participativo.
Trocando
por miúdos, ou seja, se você, que é um(a) cota, é um daqueles
comentadores que no Facebook está sempre a debitar planos para
transformar a Baixa, ou, no limite, até tem uma ideia já há muito
martelada em longas noites de insónia, tem agora uma excelente
oportunidade de passar à prática. Como escrevi em cima, Comece pela
primeira fase, enviando a ideia para a triagem. Se passar da segunda,
a da análise técnica, para a terceira, a fase da votação,
acredite em si mesmo, está no papo! Eu vou dar-lhe dicas que, se
seguir à risca, não falha.
Comece
pela dica mais barata:
Envie
mensagens pessoais a todos os seus cerca de cinco mil amigos no
Facebook e, em nome da grande amizade que os une, rogue-lhes
encarecidamente que votem no seu projecto;
A
dica mais cara:
Contacte
a Cambridge Analytica, em Inglaterra, e diga ao que vai. Posso
assegurar-lhe que, pela manipulação de dados pessoais recentes,
através do Facebook, para a eleição de Trump, é tiro e queda.
Você, mesmo antes da votação, pode anunciar ao mundo a sua
vitória.
ARTIGO RELACCIONADO: A APARIÇÃO DO "COIMBRA PARTICIPA" (2)
Sem comentários:
Enviar um comentário