quinta-feira, 15 de março de 2018

MAIS UMA LOJA ENCERRADA PARA OBRAS






Depois de um longo período consignado aos saldos, encerrou hoje a sapataria Renascença, na Rua Visconde da Luz, em frente ao antigo BES e ao lado da Hortícola de Coimbra -esta que, conforme indicação na vidraça, está em “pousio”.
Pertença do grupo Valise, que detém outros espaços comerciais ligados ao calçado na Rua Adelino Veiga, nas montras da sapataria Renascença, a operar naquele local há cerca de três décadas, pode ler-se: “Encerrado temporariamente para obras interiores”.

UM POUCO DE HUMOR, SE FAZEM FAVOR

Por aqui, pela Baixa, temos lojas que, colocando papel acastanhado nas montras, encerram e, sem passar cartão prensado a quem quer que seja, fecham a actividade de noite para o dia. Temos outras que colocam um lacónico: “Encerrado para férias”. Temos outras que colam um dístico a anunciar: “Encerrado para obras”. Outras ainda: “Em pousio”.
Se posso escrever assim, em nome da comunidade comercial -aquela que ainda consegue sorrir no meio da tragédia- pedia-se algum humor. Não sei se estou a ser claro, mas quero dizer que em vez deste seguidismo ou situacionismo requentado que tem pouco de inovação, por exemplo, sempre que feche um estabelecimento podia colar-se na vidraça uma mensagem de despedida. Claro que, desde o político ao social, podem ter uma abrangência enorme e, naturalmente, ficará sempre no campo da liberdade criativa de cada um. No entanto, para desonerar os lojistas de cabeça mais dura que estão de partida, posso deixar algumas ideias:

Adeus, Machado! Vou ter saudades tuas! Bem me enganaste, pá”;
Adeus, APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra! Que colas usas para estares grudada e não conseguires descolar da Câmara Municipal?”;
Adeus, António Costa! Está tudo a subir, até os encerramentos na Baixa de Coimbra!”;
Adeus sorte macaca! És a minha mais profunda desilusão!


Nem preciso de dizer mas salvaguardo que, obviamente, estas mensagens nada têm a ver com o encerramento para obras da sapataria Renascença, que deu título a esta crónica.


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