sábado, 7 de julho de 2018

HOJE HÁ BAILE DA ROSA NO TERREIRO DA ERVA







Realizada pela AFERM, Associação de Folclore e Etnografia do Mondego, desde logo de manhã e até às 18h00, está decorrer hoje a Feira da Rainha Santa no Terreiro da Erva. Trata-se de uma recriação de um antigo certame já desaparecido da cidade nos anéis do tempo. Comparticipada por doze ranchos folclóricos da região, o enquadramento paisagístico das "barraquinhas" está muito bem conseguido e dá uma animação invulgar ao espaço.
À hora a que passei para provar as tentadoras guloseimas confeccionadas pelos grupos etnográficos, por volta do meio-dia, com o Sol envergonhado, o tempo estava ameno e agradável para passear. Sem muito calor, havia poucos visitantes no popular largo recentemente reclassificado pela Câmara Municipal de Coimbra e onde a toxicodependência se impõe pela negativa. Falei com alguns membros dos populares agrupamentos e a opinião era unânime: o sítio é lindo, mas não houve publicidade por parte do organizador, a AFERM, ou da autarquia, entidade comparticipante, para levar lá compradores.
De facto, digo eu, a única informação mais à mãos foi a dos dois jornais diários, Diário de Coimbra e Diário as Beiras, que falavam desta realização. Ora, sabendo nós que, infelizmente, cada vez menos as pessoas lêem jornais, como é que se pode entender que a edilidade comparticipe nestes eventos mas depois não faça nada para os promover? Não é a primeira vez que escrevo isto: nestes dias de festa, por que não se opta por colocar três painéis grandes a atravessar as ruas? Como exemplo, um no Largo da Portagem, outro junto à Câmara e na entrada da Rua da Sofia e outro junto à Auto Industrial? Se for preciso um modelo, basta ir a Aveiro, ao quarto Domingo e sempre que se realiza a Feira de Velharias, para verificar a eficácia da informação à antiga portuguesa. Será que em Coimbra, por ser denominada “Cidade do Conhecimento”, é demasiado clássico?


A MENINA DANÇA?


Mais logo, a partir das 21h30, teremos uma serenata futrica em homenagem à Rainha Santa Isabel – que, como se sabe, veio passar o fim-de-semana à Baixa da cidade e regressa amanhã ao alto de Santa Clara. Ainda não se sabe se a esposa de D. Dinis estará de corpo e alma no Terreiro. Há quem diga que a benfeitora é mais virada para a transformação de flores em pão do que música em pé de dança. Embora sem confirmação oficial, presume-se que estará presente apenas em espírito.
Quando baterem as 23 badaladas, silenciosas por causa do sono justo da Rainha Santa e dos primeiros Reis de Portugal, na torre sineira da Igreja de Santa Cruz o Anacleto, um popular polidor de esquinas da Baixa de Coimbra, e a sua consorte Ifigénia, que, durante o dia, trabalha na "penaixada" no Largo das Ameias e à noite, em horas extraordinárias, labuta na Avenida Fernão de Magalhães em serviço social a dar assistência aos mais velhinhos, estarão a ensaiar o primeiro passo de dança no Baile da Rosa.
Vamos lá?



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