O
Governo, através da comunicação social, não pára de nos
bombardear com notícias de que a economia nacional está muito
melhor. Repare-se que não diz
somente que “está melhor”, amplia para “muito melhor”.
Dividido
numa procura incessante entre se o governo falará do mesmo país em
que vivo e trabalho, Portugal, até já fui ao oftalmologista e
adquiri novos óculos. Surpresa ou talvez não, continuo a
assistir na Baixa de Coimbra a vários encerramentos de lojas
comerciais por insolvência. Para um universo comercial relativo como
é a cidade são demasiadas falências. Logo, por inerência, dei por
mim a pensar que este terminar de um ciclo é transversal a todo o
nacional. Ou seja, andam a tentar vender-me um país que não existe.
Se me disserem que a economia - não
a dívida Pública, que não há quem a agarre – está muito melhor
que no período de
intervenção da Troika, acredito. E sinto isso. Agora, por favor,
não nos façam embandeirar em arco! Não há necessidade!
Hoje
o Diário as Beiras (DB),
num excelente trabalho, apresenta-nos os números que acabam com a
ilusão de que (finalmente) estamos a viver num paraíso.
Começa
logo no título esclarecedor:
“Número de insolvências aumentam 3,1 por cento no distrito de Coimbra”.
“Número de insolvências aumentam 3,1 por cento no distrito de Coimbra”.
E
prossegue o DB, “O
distrito de Coimbra registou um acumulado de 111 insolvências no
primeiro semestre deste ano, mais 13 do que as verificadas em período
homólogo de 2017. Este número representa um aumento de 3,1 por
cento em comparação com o ano anterior, exatamente metade da média
nacional (6,2 por cento).
Registaram-se
600 ações de insolvência em junho, mais 15,2 por cento que em
igual período do ano passado. Este é o segundo mês do ano com
maior número de insolvências – maio bate o recorde com 723 -, o
que se deve ao aumento no número de processos concluídos.”
1 comentário:
Para saber se o Costa mente ou não quando diz que o país está muito melhor, basta comparar os números de insolvências, simples fecho de portas,etc, criação de emprego, rendimentos (dinheiro no bolso) por ano. Por ano, desde, por exemplo, 2011. É a única forma. Mas o sr. Luis Fernandes que falar só de Coimbra, não do país? É fazer o mesmo exercício de contar por anos.
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