“O
que pretendo é que para o futuro não se
pratiquem
erros tão clamorosos como este ano.
Só
isso! (claro que também não é preciso agradecer, homessa!)”
O
cartaz das Festas da Cidade de Coimbra deste ano informa que a
alegoria em honra da Rainha Santa se realiza entre 30 de Junho e 08 de
Julho.
Antes
de prosseguir, gostava de ressalvar que não tenho vestido o “fato-macaco de pôr abaixo porque sim”.
Tenho para mim que é sempre possível melhorar seja lá o que for. Mas, para isto acontecer, é preciso que se apresentem propostas que conduzam a uma maior eficiência – escusado será dizer que terão de ser fundamentadas.
Tenho para mim que é sempre possível melhorar seja lá o que for. Mas, para isto acontecer, é preciso que se apresentem propostas que conduzam a uma maior eficiência – escusado será dizer que terão de ser fundamentadas.
Não
me vou pronunciar sobre a programação de todos os eventos, já que
não estive presente na sua maioria. Juntando algumas iniciativas
empresariais, apenas à noite e na cidade, vou apenas incidir neste
fim de semana, último.
Vejamos
o que aconteceu neste Sábado, 07 de Julho:
-No
Terreiro da Erva, entre as 10 e as 18h00, realizou-se a Feira da
Rainha Santa;
-Às
21h30 realizou-se uma serenata Futrica;
-Às
23h00 começou o Baile da Rosa.
-No
Conservatório de Música, no auditório, pelas 21h30, actuou a
Escola de Dança Arte e Corpo num espectáculo intitulado “Era uma
vez a dança”.
-No
Jardim da Sereia, às 22h00, actuou a cantora Gisela João.
-No
Café Santa Cruz, pelas 22h00, realizou-se uma sessão de fados de
Coimbra.
-No
Quebra
Costas, às 22h30, realizou-se
o “Entre Paredes – A música de Carlos Paredes”.
-Pelas
23h30 o Rio Mondego foi palco para uma exibição de água, luz e
som.
-Pelas
24h00 houve uma exibição de fogo de artifício.
-A
decorrer entre a tarde e cerca
das 03h00 esteve e estará a Feira Popular.
PARAR
PARA PENSAR
Considerando
que não haverá cidadãos com o dom da ubiquidade, como se pode
verificar, quem, por exemplo, esteve no show da Gisela João, como é
lógico, perdeu praticamente todos os restantes acontecimentos.
No
Sábado, à
noite, não se podia romper com tanto movimento de pessoas na Baixa.
Na
Feira Popular, porventura, teria sido o dia mais espectacular para o
negócio. Em tudo o que era barraca ou carrossel haviam filas de
vários metros.
PASSEMOS
PARA DOMINGO
Ontem,
Domingo, dia 08 e último das Festas da Cidade, vamos fazer uma ronda
para ver o que aconteceu na movida da cidade:
-Entre
as 16 e as 20h00 realizou-se a
Procissão da Rainha Santa, no regresso ao alto de Santa Clara.
-Entre
a tarde e a noite decorre a Feira Popular.
As
ruas da Baixa por volta das 23h00, com quase todos os cafés e
restaurantes encerrados, encontravam-se praticamente desertas, sem
gente.
A
Feira Popular esteve a meio-gás. Não havia filas em qualquer das
representações.
OU
SEJA…
Pelo
que verifica, contrariamente ao apregoado, as festividades não foram
até 08 de Julho mas até 07.
PERGUNTA
TOLA
Não
faria mais sentido que o fogo de artifício, em vez de ter sido no
Sábado, fosse ontem Domingo a fazer o encerramento das festas?
UM
PEQUENO EXEMPLO
DE DESCOORDENAÇÃO
O
Baile da Rosa começou às 23h00 com a actuação em palco do
agrupamento musical Smooth,
com 10 instrumentistas e duas vozes, que já se exibiu anteriormente
na Praça do Comércio.
Salvo
melhor opinião e esta minha vale o que valer, esta orquestra não é
apropriada para este género de arraial popular.
Vou
explicar melhor. Com 7 instrumentistas de sopro, dois de cordas, um teclista e
duas vozes, são demasiadamente bons para actuar na via pública,
sobretudo, em baile pitoresco, como era o caso. É um agrupamento
mais virado para salão onde a inclinação para concerto, como ali
se fez prova, tergiversou várias vezes. Em analogia, era como um
potente Ferrari se passeasse numa praia com piso de areia.
Resultado:
estes excepcionais músicos - escrevo isto com convicção – nunca
conseguiram “agarrar”
o público presente. Só quando o vocalista anunciou a despedida, às
0h45, é que se viram mais pares a dançar.
POR
OUTRO LADO…
Não
fez qualquer sentido o arraial ter acabado à 01h00. Terminou
exactamente quando deveria estar a começar. Isto é, como houve
várias iniciativas em simultâneo, quando as pessoas estavam a
chegar foi quando terminou.
Uma
vez que não havia nada, porque não se realizou o Baile da Rosa
ontem, Domingo?
Ficam
as perguntas no ar. Se alguém entender que este escrito pretende
ajudar e não o contrário, tudo bem! Se pensar que estou no
bota-abaixismo, de igual modo, tudo bem na mesma.
O
que pretendo é que para o futuro não se pratiquem erros tão
clamorosos como este ano. Só isso! (claro que também não é
preciso agradecer, homessa!)
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