segunda-feira, 9 de julho de 2018

COIMBRA: MELHORAR A PROGRAMAÇÃO DAS FESTAS DA CIDADE






O que pretendo é que para o futuro não se
pratiquem erros tão clamorosos como este ano.
Só isso! (claro que também não é preciso agradecer, homessa!)”


O cartaz das Festas da Cidade de Coimbra deste ano informa que a alegoria em honra da Rainha Santa se realiza entre 30 de Junho e 08 de Julho.
Antes de prosseguir, gostava de ressalvar que não tenho vestido o “fato-macaco de pôr abaixo porque sim”. 
Tenho para mim que é sempre possível melhorar seja lá o que for. Mas, para isto acontecer, é preciso que se apresentem propostas que conduzam a uma maior eficiência – escusado será dizer que terão de ser fundamentadas.
Não me vou pronunciar sobre a programação de todos os eventos, já que não estive presente na sua maioria. Juntando algumas iniciativas empresariais, apenas à noite e na cidade, vou apenas incidir neste fim de semana, último.
Vejamos o que aconteceu neste Sábado, 07 de Julho:


-No Terreiro da Erva, entre as 10 e as 18h00, realizou-se a Feira da Rainha Santa;
-Às 21h30 realizou-se uma serenata Futrica;
-Às 23h00 começou o Baile da Rosa.

-No Conservatório de Música, no auditório, pelas 21h30, actuou a Escola de Dança Arte e Corpo num espectáculo intitulado “Era uma vez a dança”.

-No Jardim da Sereia, às 22h00, actuou a cantora Gisela João.

-No Café Santa Cruz, pelas 22h00, realizou-se uma sessão de fados de Coimbra.

-No Quebra Costas, às 22h30, realizou-se o “Entre Paredes – A música de Carlos Paredes”.
-Pelas 23h30 o Rio Mondego foi palco para uma exibição de água, luz e som.
-Pelas 24h00 houve uma exibição de fogo de artifício.
-A decorrer entre a tarde e cerca das 03h00 esteve e estará a Feira Popular.


PARAR PARA PENSAR

Considerando que não haverá cidadãos com o dom da ubiquidade, como se pode verificar, quem, por exemplo, esteve no show da Gisela João, como é lógico, perdeu praticamente todos os restantes acontecimentos.
No Sábado, à noite, não se podia romper com tanto movimento de pessoas na Baixa.
Na Feira Popular, porventura, teria sido o dia mais espectacular para o negócio. Em tudo o que era barraca ou carrossel haviam filas de vários metros.


PASSEMOS PARA DOMINGO


Ontem, Domingo, dia 08 e último das Festas da Cidade, vamos fazer uma ronda para ver o que aconteceu na movida da cidade:


-Entre as 16 e as 20h00 realizou-se a Procissão da Rainha Santa, no regresso ao alto de Santa Clara.


-Entre a tarde e a noite decorre a Feira Popular.


As ruas da Baixa por volta das 23h00, com quase todos os cafés e restaurantes encerrados, encontravam-se praticamente desertas, sem gente.
A Feira Popular esteve a meio-gás. Não havia filas em qualquer das representações.


OU SEJA…
Pelo que verifica, contrariamente ao apregoado, as festividades não foram até 08 de Julho mas até 07.


PERGUNTA TOLA


Não faria mais sentido que o fogo de artifício, em vez de ter sido no Sábado, fosse ontem Domingo a fazer o encerramento das festas?


UM PEQUENO EXEMPLO DE DESCOORDENAÇÃO


O Baile da Rosa começou às 23h00 com a actuação em palco do agrupamento musical Smooth, com 10 instrumentistas e duas vozes, que já se exibiu anteriormente na Praça do Comércio.
Salvo melhor opinião e esta minha vale o que valer, esta orquestra não é apropriada para este género de arraial popular.
Vou explicar melhor. Com 7 instrumentistas de sopro, dois de cordas, um teclista e duas vozes, são demasiadamente bons para actuar na via pública, sobretudo, em baile pitoresco, como era o caso. É um agrupamento mais virado para salão onde a inclinação para concerto, como ali se fez prova, tergiversou várias vezes. Em analogia, era como um potente Ferrari se passeasse numa praia com piso de areia.
Resultado: estes excepcionais músicos - escrevo isto com convicção – nunca conseguiram “agarrar” o público presente. Só quando o vocalista anunciou a despedida, às 0h45, é que se viram mais pares a dançar.

POR OUTRO LADO…

Não fez qualquer sentido o arraial ter acabado à 01h00. Terminou exactamente quando deveria estar a começar. Isto é, como houve várias iniciativas em simultâneo, quando as pessoas estavam a chegar foi quando terminou.
Uma vez que não havia nada, porque não se realizou o Baile da Rosa ontem, Domingo?
Ficam as perguntas no ar. Se alguém entender que este escrito pretende ajudar e não o contrário, tudo bem! Se pensar que estou no bota-abaixismo, de igual modo, tudo bem na mesma.
O que pretendo é que para o futuro não se pratiquem erros tão clamorosos como este ano. Só isso! (claro que também não é preciso agradecer, homessa!)

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