(Imagem da Web)
Segundo o Diário de Coimbra (DC), “O Primeiro-ministro assumiu ontem (sábado),
em Miranda do Corvo, o compromisso de candidatar ao novo quadro comunitário de
apoio uma solução de mobilidade para o ramal ferroviário da Lousã, que foi
desactivado há cinco anos. “julgo que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Centro (CCDRC) está nesta altura a ultimar o estudo de viabilidade
que se exige que se estudem também alternativas, para as poder comparar, usando
o mesmo veículo de infra-estrutura que já está colocado. A possibilidade de
alternativa passa por ter ligações com autocarros eléctricos”, disse Passos
Coelho.”
Continuando a citar o DC, “O presidente da Câmara de Miranda do Corvo,
Miguel Baptista, disse não aceitar uma solução para o Ramal da Lousã que não
passe por um sistema de transporte em carris. Também o porta-voz do Movimento
Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis (MCCLMG), Jaime Ramos, voltou
a defender o restabelecimento da ligação entre Serpins e Coimbra “em transporte
público de passageiros sobre carris”.
Fui ouvir um utente diário dos autocarros que,
em regime de substituição do desaparecido comboio, faz a ligação até Coimbra e vice-versa.
Sob anonimato e à minha pergunta se esta medida apresentada pelo chefe do
Governo faz sentido foi categórico: “claro
que faz! Falando em sentido geral de quem utiliza este transporte suburbano, nós
queremos é ser servidos. Não temos absolutamente nada contra os autocarros eléctricos.
Venham eles e depressa! As posições tomadas pelos que se assumem defensores dos
interesses da região, quer do presidente da edilidade Mirandense, Miguel
Baptista, do PS, quer a do MCCLMG, Jaime Ramos, são contra a conveniência dos
usuários. Como obsessão, e como se não tivesse havido mudanças no país, continuam
agarrados às suas teses iniciais. Embora em partidos ideologicamente opostos, têm
uma posição política mais pessoal do que a defesa da utilidade popular. Um e
outro, Ramos e Baptista, não andam de transportes públicos. Que, aliás, toda a
zona de Miranda e Lousã está muito bem servida de autocarros. Bem de mais,
diria. Já não faz sentido tantas carreiras –entre as 7h25 e as 8h05 há pelo
menos umas cinco ligações. Costumo viajar no que sai de Miranda do Corvo às
7h40 e vem sempre com a lotação a menos de metade. Só o das 7h45 é que
ultrapassa a meia ocupação. Só me lembro de viajar numa camioneta a abarrotar
quando uma das ligações não se realizou por terem furtado o gasóleo. Às vezes é
um dó verificar que o autocarro das 8h05, que sai directo até Coimbra sem
paragens, corre veloz praticamente vazio. Ano após ano, e desde há cinco, talvez
pelo desemprego crescente, o fluxo de passageiros tende sempre a minorar. Era
altura de todos os envolvidos nesta questão, incluindo as autarquias, Governo e
a oposição, se deixarem de interesses egoístas e, de uma vez por todas, começarem
a pensar finalmente no povo, nas pessoas que, como eu, não têm alternativa.”
3 comentários:
Totalmente de acordo. O que sempre foi necessário foi uma solução de mobilidade que sirva as populações e se centre nas suas necessidades, e nas possibilidades do país.
so vejo coco...
E porque não autocarros articulados, motorizados a "Biodiesel" (http://www.prioenergy.com/produtos-e-servicos/producao-de-biodiesel/) ou outro combustível alternativo, que não obstante o facto de preencherem as necessidades da população se tornam a solução mais económica, bastando asfaltar a via existente e criar a meio do trajecto uma ou mais estações para fazer a mudança de rota entre os veículos. Solução económica, viável, transparente e sem encher bolsos a ninguém
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