Edmar Ferreira, funcionário da firma A.
Loureiro, e Gualter Oliveira, proprietário da Ourivesaria Marialva, vizinhos,
porta com porta na Rua Visconde da Luz, já perderam a conta às vezes que saíram
espavoridos das suas lojas para darem uma mão a alguém que se estatelou em
frente aos seus estabelecimentos.
Segundo Edmar Ferreira, “sabe o que é, Luís, o passeio deu-se, cedeu, e está completamente
desnivelado. As pessoas vêm descansadas e, de repente, falta-lhes chão. Ainda
ontem uma senhora caiu aqui. Corri para ela e ajudei-a a erguer-se. Perguntei
se tinha ficado ferida mas respondeu que não. A esfregar os joelhos, mais que
certo com dores, lá seguiu a coxear em sobe e desce e em busca de uma calçada
menos agressiva.”
Também Gualter Oliveira está
desgostoso com a armadilha que está à sua porta e acrescenta: “quando chove ficam aqui umas poças de água
e ainda é pior! Isto está uma lástima!”
De salientar que, no geral, os pisos em calçada
portuguesa em toda a Baixa estão uma calamidade. Os buracos com falta de pedras
são incontáveis. A situação não está pior por que alguns comerciantes, dentro
das suas possibilidades, vão remendando, ora calcetando, ora colocando cimento
para que ninguém se magoe. Está de ver que, quando se chega a este ponto,
alguma coisa não bate certo. Estes arranjos minimalistas não dão sorrisos e
simpatias para o executivo? Sei lá! Se calhar não! Eu não sei nada!
(Texto enviado para conhecimento
à Câmara Municipal de Coimbra)
Sem comentários:
Enviar um comentário