Em metáfora,
se as cidades são jardins, as ruas serão canteiros e as pessoas que nelas
habitam serão flores. Sempre que uma destas rosas adoece, e temporariamente ou
definitivamente desaparece, o horto fica mais empobrecido. Tal como nos jardins
verdadeiros, nestas “leiras” em forma
de artérias, há umas plantas que se tornam mais marcantes e outras menos. Há
algumas que até picam sem lhes chegarmos. No entanto, para equilibrar, há
outras que são ternas, sedutoras, estão ali apenas porque cumprem uma missão
existencial. É como se entendessem que não querem mais do que viver
simplesmente. Não perturbam o ambiente à sua volta, não fazem guerra a ninguém
e, sem o manifestar, espalham o amor. Precisam somente que as deixem em paz. O Tai Pio Zhu, o nosso mais querido chinês
da nossa rua, é um destes modelos. A semana passada fez anos. Por isso mesmo,
uma grande salva de palmas. E muitos parabéns para o nosso amigo e vizinho.
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