Há cerca de duas semanas escrevi aqui que a
Mango, na Rua Ferreira Borges, corria risco de vida, sobretudo a sua
permanência na Baixa. Havia um diferendo, uma questão a resolver de aumento de
renda, entre o actual proprietário e o inquilino, o comerciante que explora a
marca e que detém também uma grande loja no Fórum
Coimbra. Ambos estavam dentro da sua legitimidade. O primeiro, o
proprietário, argumentava que a renda praticada há vários anos estava muito abaixo
e o segundo, o locador, como é natural, invocava que o aumento seria incomportável
para o momento comercial e ameaçava abandonar o Centro Histórico.
Sem me alongar, dentro de uma escrita de
influência –que é o modo como me coloco-, procurando o melhor para todos,
entrevistei um dos dois proprietários que pretendia legitimamente elevar o seu
rendimento patrimonial e publiquei no jornal O Despertar. Consegui que da sua parte houvesse um comprometimento
de que, de facto, também procurava o melhor para todos. Ou seja, era sua
intenção chegar a acordo com o seu inquilino. E foi o que aconteceu. Através de
uma fonte que pediu o anonimato, soube hoje que ambos chegaram a bom termo e a
marca Mango, para gáudio de todos nós, vai manter-se por cá.
Gostava de conseguir descrever o quanto sinto
regozijo por perceber que, quer o dono do prédio da Mango quer o arrendatário,
ambos, sem descurar o seu proveito individual, puseram o interesse social acima
do pessoal. Ora quando assim é, sem dúvida que estamos perante cavalheiros de
calibre singular. Por isso mesmo, para os dois, uma enorme salva de palmas! Em
nome dos cinco funcionários da Mango, em nome da Baixa, se posso escrever
assim, muito obrigados!
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