Tal
como já tinha previsto neste texto, a maioria socialista, para não
encravar o vereador comunista, Francisco Queirós, cedendo à
proposta de alteração do Regimento das Reuniões da Câmara
Municipal, preferiu fazer uma pirueta e, finalmente, finalmente,
finalmente, passou a interromper a sessão às 17h00. Até
2016 foi assim. As
perguntas
que emergem
é: por que raio tardaram tanto? Era
preciso rodopiar entre o comunismo e o socialismo para repor uma
situação que, afinal, é mais que justa? Para mim, que não sou
político no sentido lato do termo, sendo cidadão, fico satisfeito
com a medida anunciada. Gostaria de sublinhar que esta alteração só
se verificou pelo envolvimento da oposição, movimento Somos Coimbra
e PSD. E também um
agradecimento ao Fernando Moura, do jornal online Notícias de
Coimbra. Para estes, o nosso
aplauso. Como já referi anteriormente, acabamos todos a ganhar. Como
proferi no hemiciclo: ALELUIA. ALELUIA!
E
agora vamos ao assunto que me levou à sessão: o estranho caso dos
três bancos desaparecidos em Agosto. Estranhe-se, ou não, nesta
última Quinta-feira
foram recolocados novos assentos. Segundo Manuel Machado, a
responsabilidade foi da União de Freguesias de Coimbra que os
retirou em Agosto para
serem recuperados. Estranho, digo eu, que não sou político. A ser
assim, substituindo por novos equipamentos, por que raio duraram dois meses? Mais
ainda, só há cerca de duas semanas é que taparam os buracos deixados
na calçada e agora, colocando novos assentos, voltaram a abrir os
buracos. Faz sentido?
Especulando, vou explicar como teriam acontecido as coisas: Há uma semana fiz a inscrição na Divisão de Atendimento e, como é obrigatório, declarei o assunto que me levava a intervir em sessão de Câmara. Como é óbvio, para se inteirar, alguém do Gabinete de Apoio ao Presidente ligou para a União de Freguesias de Coimbra (UFC). Esta entidade, mais que provável, que mandou remover os antigos com intenção de não recolocar outros em seu lugar, instigada pela autarquia, a toda a pressa, instalou outros novos. Como é de perceber, quer à UFC, quer à edilidade, interessava-lhes esvaziar a minha intervenção. Engulo a muito custo, mas é mesmo assim. O interesse egoísta, pessoal e partidário, esta sempre acima do interesse público. O que me custa a entender é a razão do comerciante (no caso, uma senhora), depois de ter falado comigo na Quarta-feira, não me ter avisado que no dia seguinte havia bancos novos no lugar dos antigos. Enfim! Só soube na reunião que a situação anterior tinha sido reposta.
Especulando, vou explicar como teriam acontecido as coisas: Há uma semana fiz a inscrição na Divisão de Atendimento e, como é obrigatório, declarei o assunto que me levava a intervir em sessão de Câmara. Como é óbvio, para se inteirar, alguém do Gabinete de Apoio ao Presidente ligou para a União de Freguesias de Coimbra (UFC). Esta entidade, mais que provável, que mandou remover os antigos com intenção de não recolocar outros em seu lugar, instigada pela autarquia, a toda a pressa, instalou outros novos. Como é de perceber, quer à UFC, quer à edilidade, interessava-lhes esvaziar a minha intervenção. Engulo a muito custo, mas é mesmo assim. O interesse egoísta, pessoal e partidário, esta sempre acima do interesse público. O que me custa a entender é a razão do comerciante (no caso, uma senhora), depois de ter falado comigo na Quarta-feira, não me ter avisado que no dia seguinte havia bancos novos no lugar dos antigos. Enfim! Só soube na reunião que a situação anterior tinha sido reposta.
Faça
ou não sentido, o que importa
é que a anómala situação
foi normalizada e, com este acto, ganhamos todos. Verdadeiramente, este é
o fim que deve interessar.
POST-
SCRIPTUM - Na posse dos dados
que detinha, ontem, Segunda-feira,
publiquei esta introdução onde enalteci o papel da oposição na
alteração do procedimento camarário.
Acontece que hoje, ao ler os jornais da cidade, fiquei incrédulo com
o que aconteceu. Afinal a oposição, nomeadamente o PSD, em jogos de
poder de bastidores, não merece o elogio que lhes teço. O que
aconteceu ontem foi uma vergonha – mas, sobre este caso, escreverei
uma crónica a seguir.
E
agora, deixo então o texto que li na Reunião de Câmara:
Ex.mo Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, senhores vereadores:
Conforme
é do conhecimento de Vossas Senhorias, na qualidade de munícipe,
tenho vindo a trazer
às Reuniões da Câmara Municipal assuntos de interesse geral para a
comunidade, sobretudo tópicos relaccionados com a Baixa da cidade.
No desempenho do
direito constitucional de
participação política, como princípio de cidadania, entendo ser
meu dever sugerir, questionar,
ou até “pedir explicações”, conforme reza imperativamente
o Regimento para
criar barreira, limitando o
acesso ao cidadão.
No caso de hoje,
sem preâmbulo para incidir directamente e não perdermos muito tempo
com considerações desnecessárias, vou falar de um tema que, estou
em crer, passou despercebido a quase todos os munícipes. Em Agosto,
na Rua das Padeiras, ao fundo, junto à Avenida Fernão de Magalhães,
em frente a Farmácia Santa Cruz, inopinadamente,
foram removidos
três bancos de madeira e estrutura em ferro, que, instalados ali vão
para muitas décadas, tal como os congéneres de jardim, serviam para
os transeuntes descansarem, sobretudo idosos e outros com problemas
de saúde motora. Sabendo nós que a Baixa não tem muitos pontos de
apoio onde se possa pôr os pensamentos em dia, causa alguma
perplexidade a retirada abrupta daqueles comunitários assentos onde,
carregados de histórias para contar, pregados ao chão junto de
várias árvores cameleiras, cobertos pela sombra num tempo de
canícula, era um prazer indescritível ouvir os passarinhos.
Sem epitáfio que
lhes valha, pelos vistos os bancos morreram. Mas, pergunto, o acto
que levou ao seu desaparecimento foi acompanhada com um parecer
técnico? Estes equipamentos, de valor social, amparo humano e espaço
de liberdade, não deveriam ser para preservar numa zona antiga?
Provavelmente nenhum dos senhores se lá sentou enquanto existiram
naquele local abençoado, mas conseguem imaginar a falta que fazem?
Avaliam a carência, não avaliam?
Tentando ser o mais
exacto na informação, consegui saber que uma senhora comerciante
naquela artéria, durante o mês de Agosto constatou uma frequência
diária anormal de indivíduos sem-abrigo que permaneciam instalados
nos assentos durante o dia e noite a dormir. Segundo alegações da
lojista, “por um lado, a imagem que passava para a paisagem
urbana era degradante, por outro, estava muito preocupada com o
destino destas pessoas. Vai daí, liguei para várias
instituições de apoio aos sem-tecto para se ocuparem destes pobres
sem eira nem beira. Liguei também para a Câmara Municipal a dar
conta do que se passava. Para minha surpresa, incredulidade e até
tristeza, no dia seguinte assisti à retirada dos bancos que sempre
me fizeram companhia. Hoje, no seu lugar estão três automóveis
estacionados diariamente. Eu nunca pedi a remoção, nem contribui
para esta solução”, afirmou a senhora.
Agora falo eu,
senhor presidente da Câmara Municipal. V. Ex.ª, na qualidade de
responsável político pelos actos administrativos, teve ou tem
conhecimento deste incompreensível furto à qualidade de vida dos
moradores da Baixa? Vai mandar instaurar um inquérito? Diga-me, a
bem desta parte histórica, tenciona mandar repor estes instrumentos
de paz e tranquilidade?
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