(Vídeo produzido pelo jornal online Notícias de Coimbra - com um enorme agradecimento)
Apesar
de estar devidamente inscrito, para participar na penúltima reunião
de câmara, no dia 25 de Fevereiro, fui impedido de falar em reunião
do Executivo camarário por Manuel Machado, presidente da Câmara
Municipal de Coimbra. Hoje, mais uma vez devidamente inscrito,
realizei a minha intenção.
Ao
tentar bloquear a minha participação política, o chefe do
executivo eleito pelo Partido Socialista criou em mim um forte desejo
de o chatear mais vezes com a minha presença física no hemiciclo.
Talvez
por me sentir profundamente decepcionado com a acção política de
quem institucionalmente me representa -e a revolução começa
obrigatoriamente por nós -, a partir de hoje, e até me cansar, de
quinze em quinze dias vou levar um assunto ao plenário sobre a Baixa
de Coimbra. Sinceramente, tenho esperança que o meu procedimento
sirva de exemplo para incentivar mais munícipes a intervir publicamente.
Se permitem, percam a vergonha e digam o que pensam sobre os
problemas da cidade. Só assim, de uma vez por todas, poderemos mudar
alguma coisa.
Para
que seja avaliado, deixo aqui o teor da minha manifestação:
Senhor
Presidente da Câmara, Senhores Vereadores, Senhores e Senhoras:
Antes
de entrar na matéria que me trouxe aqui para intervir, vou fazer uma
curta ressalva acerca do que se passou na anterior sessão de Câmara,
no dia 25 de Fevereiro, em que apesar de ter cumprido o Regimento, ou
seja, estar inscrito legalmente, fui impedido de tomar a palavra pelo
senhor, presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
Graças
ao empenho profissional do jornalista Fernando Moura – a quem
dirijo um cumprimento com enorme admiração pelo seu trabalho em
prol da comunidade - quero dizer-lhe, olhos nos olhos, dr. Manuel
Machado, que vossemecê, estando obrigado ao dever de decência, foi
indecente. Por esse facto deliberado de humilhação para a minha
pessoa, pelas razões apontadas, você mostrou ao país como
Coimbra, a urbe da tolerância, a Cidade do Conhecimento, é uma mera
caricatura no todo nacional no relacionamento com o cidadão e, por
si em exercício de tirania, destrata o munícipe neste plenário, na
sua pública participação política. Já agora, a propósito,
apesar de não estar presente, deixo também a pergunta ao
vice-presidente Carlos Cidade: quem é que não cumpriu as regras?
Quero
dizer-lhe ainda, Dr. Machado, que, de hoje em diante, vai ter de
levar comigo nesta cadeira duas vezes por mês, durante dez minutos.
Pelo seu modelo de paradigma de prepotência, que pensava fora de uso
em Portugal, estar aqui em nome da Baixa, passou a ser uma obrigação
social, um imperativo categórico. Desafio-o a, partir de agora, a
coarctar-me a palavra no meu legítimo direito constitucional no
exercício de livre expressão.
E
agora sim, vou à matéria de facto:
Por
ser longo, não vou perorar muito sobre este assunto. Acrescento,
simplesmente, que se tratava de um documento que, obrigatoriamente,
deveria ser exarado pela autarquia em 10 dias e demorou quase mês e
meio. Nos entrementes existiu uma falta de cumprimento e de respeito
por uma senhora funcionária.
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