segunda-feira, 11 de março de 2019

CRÓNICA DO MALHADOR (2)


(Vídeo produzido pelo jornal online Notícias de Coimbra - com um enorme agradecimento)




Apesar de estar devidamente inscrito, para participar na penúltima reunião de câmara, no dia 25 de Fevereiro, fui impedido de falar em reunião do Executivo camarário por Manuel Machado, presidente da Câmara Municipal de Coimbra. Hoje, mais uma vez devidamente inscrito, realizei a minha intenção.
Ao tentar bloquear a minha participação política, o chefe do executivo eleito pelo Partido Socialista criou em mim um forte desejo de o chatear mais vezes com a minha presença física no hemiciclo.
Talvez por me sentir profundamente decepcionado com a acção política de quem institucionalmente me representa -e a revolução começa obrigatoriamente por nós -, a partir de hoje, e até me cansar, de quinze em quinze dias vou levar um assunto ao plenário sobre a Baixa de Coimbra. Sinceramente, tenho esperança que o meu procedimento sirva de exemplo para incentivar mais munícipes a intervir publicamente. Se permitem, percam a vergonha e digam o que pensam sobre os problemas da cidade. Só assim, de uma vez por todas, poderemos mudar alguma coisa.
Para que seja avaliado, deixo aqui o teor da minha manifestação:


Senhor Presidente da Câmara, Senhores Vereadores, Senhores e Senhoras:
Antes de entrar na matéria que me trouxe aqui para intervir, vou fazer uma curta ressalva acerca do que se passou na anterior sessão de Câmara, no dia 25 de Fevereiro, em que apesar de ter cumprido o Regimento, ou seja, estar inscrito legalmente, fui impedido de tomar a palavra pelo senhor, presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
Graças ao empenho profissional do jornalista Fernando Moura – a quem dirijo um cumprimento com enorme admiração pelo seu trabalho em prol da comunidade - quero dizer-lhe, olhos nos olhos, dr. Manuel Machado, que vossemecê, estando obrigado ao dever de decência, foi indecente. Por esse facto deliberado de humilhação para a minha pessoa, pelas razões apontadas, você mostrou ao país como Coimbra, a urbe da tolerância, a Cidade do Conhecimento, é uma mera caricatura no todo nacional no relacionamento com o cidadão e, por si em exercício de tirania, destrata o munícipe neste plenário, na sua pública participação política. Já agora, a propósito, apesar de não estar presente, deixo também a pergunta ao vice-presidente Carlos Cidade: quem é que não cumpriu as regras?
Quero dizer-lhe ainda, Dr. Machado, que, de hoje em diante, vai ter de levar comigo nesta cadeira duas vezes por mês, durante dez minutos. Pelo seu modelo de paradigma de prepotência, que pensava fora de uso em Portugal, estar aqui em nome da Baixa, passou a ser uma obrigação social, um imperativo categórico. Desafio-o a, partir de agora, a coarctar-me a palavra no meu legítimo direito constitucional no exercício de livre expressão.

E agora sim, vou à matéria de facto:

Por ser longo, não vou perorar muito sobre este assunto. Acrescento, simplesmente, que se tratava de um documento que, obrigatoriamente, deveria ser exarado pela autarquia em 10 dias e demorou quase mês e meio. Nos entrementes existiu uma falta de cumprimento e de respeito por uma senhora funcionária.



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