sexta-feira, 24 de julho de 2015

CHEGARAM AS PAPELEIRAS ÀS RUAS LARGAS




Depois de mais de um ano de ausência, sem serem recebidas à entrada pelo presidente da Câmara, Manuel Machado, chegaram as tão desejadas papeleiras às vias largas da calçada, Ruas Visconde da Luz e Ferreira Borges. É sempre assim, quando estão na função são maltratadas e desprezadas e ninguém lhes liga. Só quando desaparecem da vista e a falta é notada é que então chovem cobras e lagartos sobre a origem do desaparecimento. 
Sem se despedirem de ninguém, há cerca de um ano e meio, partiram sem uma única explicação. Para uns, aventava-se que, correspondendo ao apelo do primeiro-ministro, Passos Coelho, teriam emigrado em busca de uma utilidade melhor e mais dignificada. Para outros, constava-se que, pelo desrespeito dos porcalhões que em vez de colocarem os detritos no seu interior mandavam-nos para o chão e também pela brutalidade como eram tratadas por todos, algumas vezes ao pontapé, entraram em depressão profunda e tiveram de meter baixa para recuperação. Fosse assim ou assado, a verdade é que estão boas c’mo milho. Apresentam-se como novas, com ar robusto e como tivessem vindo de férias.
Agora, numa dignidade e um reconhecimento que lhes são devidos, espera-se, no mínimo e até porque a altura se enquadra, uma festa de boas-vindas como deve ser. No que toca à minha prestação de cidadania, prometo estar presente ao acto solene e dar notícia na “Página da Baixa”, à borliú, sem subvenção e sem pedir um anúncio em publicidade, porque, nestas coisas e como já tenho propaganda a mais, sou muito desinteressado.


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