Depois de mais de um ano de ausência, sem
serem recebidas à entrada pelo presidente da Câmara, Manuel Machado, chegaram
as tão desejadas papeleiras às vias largas da calçada, Ruas Visconde da Luz e
Ferreira Borges. É sempre assim, quando estão na função são maltratadas e
desprezadas e ninguém lhes liga. Só quando desaparecem da vista e a falta é
notada é que então chovem cobras e lagartos sobre a origem do desaparecimento.
Sem se despedirem de ninguém, há cerca de um
ano e meio, partiram sem uma única explicação. Para uns, aventava-se que,
correspondendo ao apelo do primeiro-ministro, Passos Coelho, teriam emigrado em
busca de uma utilidade melhor e mais dignificada. Para outros, constava-se que,
pelo desrespeito dos porcalhões que em vez de colocarem os detritos no seu
interior mandavam-nos para o chão e também pela brutalidade como eram tratadas
por todos, algumas vezes ao pontapé, entraram em depressão profunda e tiveram
de meter baixa para recuperação. Fosse assim ou assado, a verdade é que estão
boas c’mo milho. Apresentam-se como
novas, com ar robusto e como tivessem vindo de férias.
Agora, numa dignidade e um reconhecimento que lhes são devidos, espera-se, no mínimo e até porque a altura se enquadra, uma festa de
boas-vindas como deve ser. No que toca à minha prestação de cidadania, prometo
estar presente ao acto solene e dar notícia na “Página da Baixa”, à borliú, sem subvenção e sem pedir um
anúncio em publicidade, porque, nestas coisas e como já tenho propaganda a mais,
sou muito desinteressado.
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