Ontem, cerca das 20h00, de um prédio desabitado
nos pisos superiores com frente para a Rua Ferreira Borges e com traseira para
as Escadas de São Bartolomeu e Praça do Comércio onde, no rés-do-chão, está
instalado o estabelecimento hoteleiro Pepe
Kebab, caíram vidros e que por milagre não atingiram um cliente sentado na
esplanada do popular café. Olhando para cima podem ver-se os caixilhos das
janelas, em madeira, a pedir a todos os santinhos que os substituam por novos. Hoje
durante a manhã ainda eram visíveis os vidros no chão e a serem varridos pela
Dulcínia Alves, funcionária da Recolte, empresa subcontratada para a limpeza
urbana mais ligeira.
Segundo João Rodrigues, proprietário do Pepe Kebab, “foi uma sorte não ter atingido o meu cliente na cabeça. O que valeu e
sofreu o impacto foi o guarda-sol que ficou destruído, todo roto –olhe aqui
como ele ficou. Vieram a Protecção Civil e os Bombeiros, que tomaram conta da
ocorrência. Para já, de momento, está solucionado.”
Segundo informação de fonte anónima, este
edifício com aspecto degradado está há vários anos à venda por 600 mil euros.
Diz ainda o meu depoente, “O preço pedido
é demasiado elevado para o estado do prédio. Sei de um meu amigo que já
ofereceu metade, 300,00 mil euros, e os proprietários não aceitaram. O que se
passa com este imóvel é transversal à maioria do imobiliário decrépito que se
encontra abandonado na Baixa. Pedem balúrdios, valores completamente
irrealistas, e como, presumivelmente, não terão muita necessidade e a Câmara
também assobia para o lado, continuam a ser uma bomba relógio. Quando morrer
alguém, fique descansado que se irão tomar providências a toda a pressa.”
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