(…) Bolas!, eu sei que isto é vaidade, mas fiquei ufano. Estávamos a
tocar e cantar a “Profecia”. Fui eu que compus, música e letra, e isso,
eu que sou um músico frustrado –no sentido de que não pude nunca mostrar o que
fazia- dá-me um orgulho danado. Entre dezenas e dezenas de composições, esta é
talvez a que me dá mais prazer tocar e cantar. É linda, linda… para viver,
ainda que fale da morte –CONTINUE A LER AQUI.
PROFECIA
Quando eu morrer, qualquer dia,
não quero gente a
chorar,
quero sentir alegria,
de ninguém se
lamentar;
Quero uma grande festa,
com cantares que eu
cantei,
quero partir desta,
da mesma forma que
entrei;
Quero um bolo muito grande,
vinho tinto a jorrar,
quero ter gente
feliz,
para me acompanhar;
A vida é uma passagem,
entre o nascimento e
a morte,
é um vento, é uma
aragem,
um virar de página,
um corte;
Para tristeza já me basta,
a vida que eu levei,
agora que já estou
livre,
quero dar o que não
dei.
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