“Conforme
a página das deliberações publicada hoje na imprensa,
a
Câmara Municipal de Coimbra, mais uma vez e reiteradamente,
atribuiu
dois T2, um situado no Bairro Municipal da Conchada, por
4.29
euros e outro, no Bairro da Rosa por 4.90 euros.
Repito:
4.29 e 4.90 euros! Quantos portugueses poderão pagar esta
exorbitante
importância por uma renda de casa?”
Segundo
informações do nosso correspondente na capital, Arnaldo "ver p'ra além da opacidade", está em vias de estalar um grande
conflito institucional entre Helena Roseta, deputada eleita pelo PS e
presidente da Assembleia Municipal na Câmara de Lisboa, e Manuel
Machado, correlegionário no mesmo partido, presidente em exercício,
ex aequo, na Associação Nacional de Municípios Portugueses
e na Câmara Municipal de Coimbra. Tudo indica que a popular
arquitecta, defensora nacional da aplicação do constitucional
direito à habitação para os pobrezinhos, vá levar o assunto à
Assembleia da República através do grupo parlamentar do seu
partido.
Em
palavras mais do que necessárias, conta-se o “quid pro quo”,
como quem diz, tomar uma coisa por outra. Vamos então explicar de
forma simples para que todos possam compreender a grande embrulhada –
mais uma – em que o nosso regedor Machado está metido. O caso é
gravíssimo, e a ex-filiada no partido de Sá Carneiro, nas voltas que o mundo dá, está carregada de contentores de razão.
Antes
de meter a mão na coisa, como sói dizer-se, vamos só lembrar que
Roseta, a mãe de todas as mães para uma casinha oferecida aos mais
desprotegidos, invocando o artigo 65º da Constituição da
República Portuguesa defende o direito a todos terem uma habitação.
Na sua óptica de grande revolucionária marxista, a democracia de
regime solidário divide-se em dois grupos: papalvos e
aproveitadores.
Os
primeiros,
os papalvos,
são
todos aqueles portugueses
que votando
sempre nos mesmos do rotativismo ou fazendo parte do absentismo,
sendo patrões ou assalariados, compraram
as suas habitações a crédito e, durante cerca de trinta anos,
estão amarrados à obrigação. Criando riqueza para
desenvolverem o país,
trabalhando noite e dia por
verem os seus rendimentos diminuírem assustadoramente,
denegando viverem à sombra do Estado, são premiados com escalões
de IRS elevadíssimos.
Os segundos, os aproveitadores (ou espertalhões), são todos aqueles que, passando os dias sentados em esplanadas e a polir esquinas, já que trabalho para eles é o demónio em forma de esforço, transpiram a estopinhas para verem chegar o cheque da Segurança Social a meio do mês. Vivem pendurados no sistema e à custa dos que pagam impostos. Esta classe, desprotegida e apadrinhada por Helena Roseta e alguns bloquistas, são assim os usufrutuários de um amplo direito fundamental que, pelo simples facto de nascerem portugueses, sem moverem uma palha, o Estado deve satisfazer as suas necessidades básicas.
Os segundos, os aproveitadores (ou espertalhões), são todos aqueles que, passando os dias sentados em esplanadas e a polir esquinas, já que trabalho para eles é o demónio em forma de esforço, transpiram a estopinhas para verem chegar o cheque da Segurança Social a meio do mês. Vivem pendurados no sistema e à custa dos que pagam impostos. Esta classe, desprotegida e apadrinhada por Helena Roseta e alguns bloquistas, são assim os usufrutuários de um amplo direito fundamental que, pelo simples facto de nascerem portugueses, sem moverem uma palha, o Estado deve satisfazer as suas necessidades básicas.
Antes
de prosseguir, era bom transcrever o tal artigo 65º
da
Constituição da República Portuguesa:
1.
Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação
de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que
preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
a)
Programar e executar uma política de habitação inserida em planos
de reordenamento geral do território e apoiada em planos de
urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de
transportes e de equipamento social;
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e fomentar a autoconstrução e a criação de cooperativas de habitação;
c) Estimular a construção privada, com subordinação aos interesses gerais.
3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
4. O Estado e as autarquias locais exercerão efectivo controlo do parque imobiliário, procederão à necessária nacionalização ou municipalização dos solos urbanos e definirão o respectivo direito de utilização.”
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e fomentar a autoconstrução e a criação de cooperativas de habitação;
c) Estimular a construção privada, com subordinação aos interesses gerais.
3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
4. O Estado e as autarquias locais exercerão efectivo controlo do parque imobiliário, procederão à necessária nacionalização ou municipalização dos solos urbanos e definirão o respectivo direito de utilização.”
Lendo
o artigo constitucional não se apreende em qualquer alínea que o
Estado deve dar habitação - em dação, isto é, atribuir ao credor
uma coisa devida por dívida - conforme defendeu Helena Roseta no
programa Prós e Contras da RTP nesta última Segunda-feira, pois não?
Para tudo ficar ao jeito da arquitecta, é urgente o acordo entre os maiores partidos para uma revisão da grande bíblia dos direitos -e obrigações só para alguns.
Para tudo ficar ao jeito da arquitecta, é urgente o acordo entre os maiores partidos para uma revisão da grande bíblia dos direitos -e obrigações só para alguns.
A
razão de Helena Roseta ter ficado furiosa com a edilidade
conimbricense prende-se com ao facto de, ao arrepio das suas ideias
socialistas-marxistas, conforme a página das deliberações
publicada hoje na imprensa local, a Câmara Municipal de Coimbra, mais uma
vez e reiteradamente, atribuiu dois T2, um situado no Bairro
Municipal da Conchada, por 4.29 euros e outro, no Bairro da Rosa por
4.90 euros. Repito: 4.29 e 4.90 euros! Quantos portugueses poderão
pagar esta exorbitante importância por uma renda de casa?
Segundo
o nosso correspondente, a presidente da Assembleia Municipal de
Lisboa está muito apreensiva com estes valores elevadíssimos
praticados por Coimbra. Ao que parece, estas importâncias fora de
contexto facilmente podem cair no campo especulativo. Será que estes contemplados munícipes, em face do seu rendimento familiar, vão conseguir pagar?
Parece interrogar Helena Roseta.
1 comentário:
Eu ia comentar este post mas as emoções,a revolta,a surpresa e o espanto que e leitura do seu post me está a provocar não me aconselha a escrever o que quer que seja!
Por várias razões,desde o poder ser mal-educado até o ser um pouco injusto!
Mas será verdade que o dinheiro dos meus impostos,por sinal pagos com imenso esforço,anda a ser utilizado para pagar brendas de polidores de esquinas e afins?! mas eu trabalho tantas horas,vejo-me aflito para pagar a minha renda,luz ,água,etc e á gente que não contribui em nada para a sociedade,para o bem comum e como castigo tem de pagar menos de «mil paus»,5 euros de renda? bem feitos! queriam renda de graça? com a CMC não! tem de poagar 5 euritos.tomem lá!
um abraço Luís
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