sábado, 1 de setembro de 2018

BAIXA: FALECEU O SENHOR FLÓRIDO, UM DOS NOSSOS






Por doença prolongada, faleceu Antenor Lopes Flórido. Mais conhecido entre nós, aqui pela Baixa, pelo sobrenome Flórido, o agora finado com 90 anos, pessoa recatada e um pouco reservada, foi sempre muito respeitado no Centro Histórico.
Homem dos sete ofícios e com o bichinho nos negócios, teve comparticipações em vários estabelecimentos. O último, e que manteve e mantém nas mãos do seu filho Rui, talvez a menina dos seus olhos, que curiosamente perpetua a analogia ao seu nome no feminino, foi o café Flórida, no Largo das Ameias. A par com o extinto café Angola, que, creio, chegou a ser também sócio, nas décadas de 1960/70/80/90, juntamente com a desaparecida Cristal, estes três estabelecimentos formavam um triunvirato no Largo das Ameias. Abriam às 6h00 da manhã para servir os milhares de passageiros que começavam a desaguar na Estação Nova ao raiar da aurora e que vinham trabalhar na cidade. Com o declínio da indústria e do comércio na cidade, os comboios a chegar ao centro da cidade foram sendo cada vez menos, os cafés foram acompanhando o mesmo trajecto e foram fechando para tristeza de todos nós. Com a mesma cadência de finitude das coisas, as pessoas seguem o mesmo destino como agora o nosso amigo Flórido.
O corpo do saudoso extinto encontra-se em câmara ardente no centro Funerário Nossa Senhora de Lurdes até às 16h00, nesta altura serão encetadas as cerimónias fúnebres e seguir-se-à o respectivo funeral.
À sua família enlutada, em nome de toda a Baixa comercial, se posso escrever assim, os nossos sentidos pêsames. Até sempre, senhor Flórido.

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