Por
doença prolongada, faleceu Antenor Lopes Flórido. Mais conhecido
entre nós, aqui pela Baixa, pelo sobrenome Flórido, o agora finado com 90 anos,
pessoa recatada e um pouco reservada, foi sempre muito respeitado no
Centro Histórico.
Homem
dos sete ofícios e
com o bichinho nos
negócios, teve comparticipações em vários estabelecimentos. O
último, e que manteve e mantém nas mãos do seu filho Rui, talvez a
menina dos seus olhos, que curiosamente perpetua a analogia ao seu
nome no feminino, foi o café Flórida, no Largo das Ameias. A par
com o extinto
café
Angola, que, creio, chegou a ser também sócio, nas
décadas
de 1960/70/80/90,
juntamente com a desaparecida Cristal, estes três estabelecimentos
formavam um triunvirato no Largo das Ameias. Abriam às 6h00 da manhã
para servir os milhares de passageiros
que começavam a desaguar na
Estação Nova ao raiar da aurora e que vinham trabalhar na cidade. Com
o declínio da indústria e do comércio na cidade, os comboios a
chegar ao centro da cidade foram sendo cada vez menos, os cafés
foram acompanhando o mesmo trajecto e foram fechando para tristeza de
todos nós. Com a mesma cadência de finitude das coisas, as pessoas
seguem o mesmo destino como agora o nosso amigo Flórido.
O
corpo
do saudoso extinto encontra-se em câmara ardente no centro Funerário
Nossa Senhora de Lurdes até
às 16h00, nesta altura serão encetadas as cerimónias fúnebres e
seguir-se-à o respectivo funeral.
À
sua
família enlutada, em nome de toda a Baixa comercial, se posso
escrever assim, os nossos sentidos pêsames. Até sempre, senhor
Flórido.
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