(Imagem da Web)
Ontem
visionei a peça de Ana Leal, jornalista da TVI, que passou no
“Jornal das 8”, sobre os incêndios de Outubro do ano
passado e cuja reconstrução de casas feita por ajuste directo, um
ano depois, está próxima do zero.
Com
famílias inteiras alojadas em roulotes e protegidos por chapas de
zinco e plásticos a interrogarem que espécie de Portugal é este,
onde há dinheiro para tudo menos para o essencial, deixou-me uma
profunda tristeza com as lágrimas, por várias vezes, a balançarem
entre o cai e não cai.
Sobre
a reportagem da TVI, se por um lado nos faz acreditar no
importantíssimo papel que a imprensa livre, escrita, visionada e
radiofónica, desempenha, por outro mostra a nu o caciquismo, a
insensibilidade, o deixa-correr de alguns técnicos decisores e
presidentes de autarquias perante o dramatismo do sofrimento e a
miséria ocasionada por desastres naturais. Como é que esta gente,
que foi eleita para representar e defender os munícipes do seu
concelho, consegue dormir descansada? Enquanto não se varrer de vez esta gentalha o país continuará na mesma linha de subdesenvolvimento endémico.
Mais:
perante a regionalização tão apregoada por tantos e a
descentralização de competências que está em marcha pelo Governo,
o que é que podemos esperar?
Muitos
parabéns à TVI, um grande agradecimento a Ana Leal pela coragem
que, nas suas peças, continua a presentear-nos. Em nome dos que mais
precisam, um enorme bem-haja!
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