quinta-feira, 20 de setembro de 2018

BAIXA: CRÓNICA DA SEMANA PASSADA

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(Rui Moura - Foto do Diário de Coimbra)



REFLEXÃO: OS DESAFIOS DO INTENDENTE
Depois de cerca de um ano sem chefe nomeado pela tutela no Comando Distrital da PSP de Coimbra, há cerca de um mês tomou posse o novo comandante, Intendente Rui Moura. Esta semana deu uma longa entrevista ao Diário de Coimbra (DC).
Dando uma no cravo e outra na ferradura, Rui Moura, a fazer lembrar os políticos partidários, acima de tudo tentou tranquilizar os citadinos. Se é certo que, inevitavelmente, a cidade, na implementação da segurança dos cidadãos, precisa de homens que a defendam de todas as ameaças internas e externas, é também certo que um comandante de uma força policial é um funcionário público. Logo o que se espera dele é mais pragmatismo e menos promessas.
A Baixa, apesar de deter índices de criminalidade muito baixos, pelos seus moradores, trabalhadores, comerciantes e turistas, precisa de poder contar com os agentes da PSP, vigiando a pé a via pública, durante 24 horas. Há muitos anos que, sobretudo a partir das 19h00, as ruas, becos e ruelas ficam entregue à sua sorte. Se não há mais participações na esquadra, na maioria das vezes, é porque ou a sorte estava do lado de quem esteve prestes a ficar sem os seus bens e escapou por um triz ou teve azar mas, porque não acredita no sistema de justiça, não comunica o roubo.
Por outro lado, no tocante ao tráfico de droga, quer seja na zona do Terreiro da Erva ou outras áreas adjacentes, sabemos que a PSP, com os seus agentes à civil, faz o melhor que pode. Mas, para expurgar o medo psicológico que se instala em quem precisa de circular à noite, é urgente haver agentes fardados para, por um lado, desapoquentar, por outro, para persuadir o crime. Por isto tudo, senhor Intendente, mais polícia na rua e menos conversa!


O CELSO ESTÁ NO ESTALEIRO



Na última década, dando cor à paisagem urbana e, sem grandes conversas, desempenhando o papel de estátua viva, foi nosso companheiro diário. Pela sua originalidade de figura típica, "baptizei-o" como “O homem da bicicleta às cores”. Dá pelo nome de Celso Loureiro e é natural da Palheira, a sul da cidade e perto de Cernache. É um dos "Rostos nossos (Des)conhecidos".
Já há uns largos meses que o Celso desapareceu do nosso convívio sem dar explicação. Pelos vistos, segundo o depoimento de alguém muito próximo, o Loureiro foi sujeito a uma cirurgia e está em convalescença, em cuidados continuados, na clínica Fernão Mendes Pinto, na Avenida Fernão de Magalhães.
Em nome da Baixa, se posso escrever assim, desejamos um rápido restabelecimento ao Celso Loureiro.


ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

(Foto do Notícias de Coimbra)


Gostava de lembrar que, até ao fim deste Setembro, está decorrer a votação do Orçamento Participativo promovido pela União das Freguesias de Coimbra. Esta participação é reservada aos fregueses das juntas agregadas da Sé Nova, Almedina, São Bartolomeu e Santa Cruz. Para além disso a escolha é pessoal, isto é, o inscrito numa destas autarquias tem de se deslocar a qualquer uma das sedes – o horário pode consultar aqui (clique em cima).
Não precisa dizer, bem sei que você só vai à sua junta de freguesia uma vez de quatro em quatro anos e a última -tomara eu que fosse – foi há escassos dez meses. Mas deixe lá, faça lá isso pela colectividade. Não interessa em quem vai votar, o que importa é que, como bom cidadão, se inteire dos projectos a concurso e vote naquele que melhor corresponder às suas expectativas. Não é pedir muito, pois não?


O FIM DA HISTÓRIA



Com 92 anos, faleceu a semana passada o João Gonçalves Queimadela.
Durante décadas o Queimadela, como era conhecido entre nós, foi um dos rostos do estabelecimento Augusto Neves, na Rua da Sofia, uma loja de ferragens que, para além de durante mais de sete décadas ter sido a mãe de todos os grandes espaços dedicados a ferragens na Baixa, encerrou em 2008.
Embora o tema de escrita seja o falecimento do funcionário João, não posso deixar de lembrar a importância que teve o Augusto Neves na identidade de um comércio de proximidade que, aos poucos e poucos, vai desaparecendo do Centro Histórico.
Voltando ao homenageado a título póstumo, o senhor João Queimadela, dedicado funcionário da extinta loja, foi um homem que cumpriu bem a sua missão em prol da cidade que o viu nascer. Lembro-me bem dele, atrás do balcão corrido de madeira com aquele seu modo de ser, prazeroso, altivo e sempre de bem com a vida.
À família enlutada, em nome da Baixa, se posso escrever assim, os nossos sentidos pêsames. Até um dia, senhor Queimadela. Descanse em paz!


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