Ainda
que com algum acanhamento o evento tinha sido anunciado na semana
passada. Ontem, terça-feira, a Confederação Portuguesa das Micro,
Pequenas e Médias Empresas (CPPME), através do seu núcleo de
representação local, realizou uma reunião com os comerciantes
da Baixa da cidade para debater e procurar soluções para a grave
crise que assola o comércio na zona histórica. Expressamente para o
efeito, vindo de Lisboa a Coimbra, esteve presente o secretário-geral
da confederação José Brinquete.
Depois
de Vitor Carvalho, membro local da CPPME, ter dado as boas vindas aos
assistentes, segui-se uma longa explanação de Brinquete. Mostrando
factos e demonstrando grande conhecimento do que se passa com o
comércio tradicional em Coimbra, começou por dizer: “Vai
ser importante ouvir as vossas palavras. Haverá aqui pessoas que não
conhecem a CPPME. Em traços curtos vou explicar que somos
representantes das pequeníssimas, pequenas e médias empresas. Se
repararam, não estão cá nem falei das grandes empresas. Esses não
precisam que falemos deles. Em Coimbra, tal como no país, quem faz o
emprego são as pequenas.
Estamos
aqui porque um grupo de jovens mulheres pediram.
A
confederação tem 33 anos de luta e já passou por muitas situações.
A
confederação reúne algumas vezes com o Governo.
O
associativismo está cada vez mais nas ruas da amargura.
A
vida das cidades e vilas não está nas periferias, está nos
centros. Se encerrarem os comércios nestas zonas pode criar-se um
problema muito sério. A periferia de Lisboa já está assim.
A
nossa proposta é ajudar os comerciantes. É para isso que estamos
cá! A ideia é apresentar e aprovar aqui uma moção e a CPPME pedir
uma audiência e formar uma delegação de 5/6 pessoas que estejam
aqui presentes e que possamos levar a Manuel Machado.
É
preciso trazer pessoas para habitar a Baixa.
É
preciso criar condições para trazer novos investidores!”
E
A BOLA PASSA PARA O PÚBLICO
A
primeira assistente a usar da palavra foi Diana Rolin, comerciante
com artigo de sapataria no casco velho. Começou por dizer: “convém
mostrar que não estamos aqui para nos salientar. Somos todos iguais.
Quem está aqui é porque está preocupado com o seu negócio.
Gostaria de saber o que se
pode fazer. Gostaria de ouvir soluções.”
A
seguir pediu a bola Carlos Pinto, autarca, ex-árbitro
e outrora, creio, empresário: “Gostei de o ouvir, senhor
Brinquete, mas não acredito na recuperação da cidade. A situação
da Baixa (de estar assim) foram os grandes centros comerciais que
deram cabo da zona. Outros problemas são da responsabilidade dos
comerciantes. Umas lojas abrem às 09h00, outras às 10h00. Umas
encerram às 18h00, outras às 19h00. Ao Sábado de tarde está tudo
fechado.”
Está
a gostar? Está mesmo? Então faça o favor de levar as coisas com
calma, que não me posso cansar por causa do coração. Vá dar uma
volta ao bilhar grande que amanhã, quinta-feira, à mesma hora, marcamos encontro
aqui para ler o que falta.
TEXTOS RELACCIONADOS
"CPPME: "A BAIXA TEM FUTURO! (1)"
"CPPME: "A BAIXA TEM FUTURO! (3)"
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1 comentário:
Os comerciantes aguardam a vinda de um D.Sebastião, ou quem saiba um milagre da Padroeira Rainha Santa!
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