Cerca
das 07h00, deflagrou um incêndio no terceiro andar do prédio
ocupado pelo café Nicola, na Rua Ferreira Borges.
Embora
as informações sejam escassas, tudo indica que os funcionários
estariam a trabalhar na confecção de pastelaria e um forno,
incendiando-se primeiro, teria alastrado o fogo ao tecto e à cobertura de
madeira e telhas. Não houve feridos a lamentar.
Como
é normal nestas infelizes situações, uma vez que a água se
infiltra por entre os pisos e danifica tudo à sua passagem, o
popular café ficará debilitado durante alguns dias. Os prejuízos,
ainda não contabilizados serão de grande monta. O proprietário,
visivelmente emocionado, sem dar informações, mostrava o seu
desalento perante a desgraça que lhe coube em sorte.
À
hora a que escrevemos, 08h00, o cheiro a queimado é intenso e
espalha-se por todo o centro histórico.
São
acidentes que a qualquer momento podem acontecer -lembramos que há
cerca de quinze dias também aconteceu outro incêndio ocasional bem
perto de nós, na loja Coisas Antigas, na Avenida Sá da Bandeira. Se
é certo que ninguém está preparado para uma calamidade fortuita, o
problema é que, sobretudo nesta parte da cidade, o tecido
empresarial está muito debilitado economicamente. Ora uma desgraça
assim, sobretudo numa altura destas, manda qualquer um para uma
situação material e psicológica de incalculável sofrimento. Só
quem sente poderá descrever a dor.
BOCAGE
VALEU NA AFLIÇÃO?
Dentro do tremendo azar, apesar de tudo, a ventura não abandonou o Nicola. Porque alegadamente não teria sofrido danos de monta no rés-do-chão -ou Bocage, além-túmulo, teria intercedido com o velho aforismo de que o “não se abate o Nicola nem que se dispare uma pistola”- o histórico café está em funcionamento para receber os seus clientes e curiosos. É uma boa altura para, com uma palavra de solidariedade ao proprietário, se lá ir tomar um café e comer um pastel de Tentúgal.
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