NASCIMENTOS
Com
pompa e circunstância e muitos convidados, neste último Sábado,
foi inaugurada a “Rádio Baixa” na Rua Eduardo
Coelho e frente para o Largo da Freiria, na antiga sapataria Reis e
mais recentemente a Loja da Laura.
Segundo
declarações de um dos envolvidos no projecto, as
emissões de música, pelo menos nos primeiros tempos, serão
difundidas ao fim-de-semana e através de meios digitais em streaming -“tecnologia
que envia informações multimédia, através da transferência de
dados, utilizando redes de computadores, especialmente a Internet”.
Mais tarde, logo que possível, a difusão será diária.
Segundo
o diário PÚBLICO, “O
financiamento foi obtido através da plataforma online Patreon, que
permite assegurar um contributo mensal dos apoiantes. Até neste
momento, a rádio Baixa garantiu o apoio de 26 financiadores, o que
significa um total de cerca de 341 euros por mês, valor que permite
ao projecto pagar renda e despesas de funcionamento.”
Segundo
o Diário de Coimbra deste último Sábado, “Encontraram
ajuda empresas e associações, como o Condomínio Criativo, a
Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra e lojas de música, e
tem também uma plataforma na internet para recolha de contribuições
mensais.”
TRANSFERÊNCIAS
Conforme
foi noticiado aqui, encerrou nesta última terça-feira uma das lojas
Veludo Carmim, na Rua Eduardo Coelho e com frente para o Largo da
Freiria – o outro estabelecimento, onde se pode continuar a
adquirir bom calçado da conceituada marca, é na Rua Visconde da
Luz. Acontece que, felizmente, já está arrendada e, para gáudio de
quem aqui habita e trabalha vai ser um bonito espaço dedicado às
flores. Dentro de poucos dias neste ponto de venda poderemos adquirir
as perfumadas rosas da Orquídea Selvagem, há muitos anos a operar
na Rua das Padeiras e agora a mudar de instalações para cerca de
meia centena de metros de distância.
Depois
de quatro anos a operar na Praça do Comércio, com grande êxito
para os seus imensos clientes e a dignificar a Baixa com os seus
serviços de profissão em desaparecimento, a Chronospaper–Notebooks,
uma loja-oficina de recuperação de livros instalada no antigo
espaço da Casa Bonjardim, dentro de dias, vai transferir a sua sede
para a Rua Adelino Veiga. Ao que parece, o edifício onde ainda se
encontra por pouco tempo, na antiga praça velha, foi vendido e vai
ser destinado a alojamento local nos pisos superiores e restauração
no rés-do-chão. Com muita satisfação, a zona histórica vai poder
continuar a contar com uma oferta que é única no casco velho.
APOIO
À MORTE ASSISTIDA
Através
do jornal online Notícias de Coimbra, ficou a saber-se na semana
passada que a Câmara Municipal de Coimbra está muito preocupada em
acabar com o que resta de operadores comerciais e industriais a
laborar na Baixa. Ora para isso acontecer, já que, financeiramente
falando, a maioria não pode com um gato pelo rabo, nada melhor do
que aumentar as taxas de ocupação de via pública astronomicamente
em 680%. É óbvio que esta forma de eutanásia unilateral, sem
acordo do que parte, vai ter os seus efeitos e todos vão descansar
em paz. Pelo menos até ao dia em que o burro espanhol, em vez de
aguentar carga e mais carga em cima do cabresto, mande um coice e
rebente com o situacionismo que se arrasta há pelo menos duas
décadas.
EVENTOS
Numa
convocação do Núcleo de Coimbra da Confederação Portuguesa das
Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) dirigida aos comerciantes
da zona histórica e sobre o mote: “A Baixa de Coimbra tem
Futuro!”, para debater a grave situação que se vive na Baixa,
realizou-se na terça-feira, 10 de Abril da semana passada, uma
reunião com comerciantes na sede da Junta de Freguesia de São
Bartolomeu agora agregada. Compareceram cerca de uma dezena e meia de
profissionais ligados ao comércio. Para além de ter sido
constituída uma comissão de elementos da CPPME e
quatro jovens mulheres comerciantes, foi também aprovada uma moção
por unanimidade com vários pontos reivindicativos visando a
regeneração da zona e para que, imediatamente, se pedisse uma
audiência ao presidente da Câmara Municipal, Manuel Machado.
Desconhecendo
a razão em concreto, nenhum jornalista da imprensa da cidade esteve presente.
DESCONHECIMENTO
GERA ASNEIRA
Na
quinta-feira, 12, com assinatura do jornalista conimbricense João
Pedro Campos, saiu um trabalho sobre o encontro de comerciantes no
Jornal de Notícias. Para surpresa e total indignação da CPPME a
notícia não fazia referência nem ao encontro ocorrido dois dias
antes nem qualquer alusão à CPPME, entidade responsável pela
reunião. Na reportagem, muito pobrezinha graças ao altíssimo,
apenas foram entrevistados dois comerciantes: Arménio Pratas,
comerciante na Rua da Sofia e coordenador local do CPPME, e Aguinalda
Amaro, proprietária de um café na mesma rua. Em desenvolvimento
falava-se dos problemas que os comerciantes estão a atravessar e de
uma audiência a marcar na autarquia.
A
CPPME, perante o trabalho de João Campos, mandou-se aos arames e fez
seguir uma carta de protesto para o jornal.
O
que teria acontecido para a notícia sair coxa? Teria sido o total
desconhecimento do jornalista sobre o que aconteceu dois dias antes?
Teria sido porque por parte de Arménio Pratas, um dos entrevistados,
teria partido do pressuposto errado de que Campos sabia do que estava
acontecer e não se explicou bem? Não sabemos. O que posso afirmar é
que, via Facebook, convidei João Pedro Campos a explicar-se e nem
resposta deu.
Sem
pretender culpar quem quer que seja, até porque não detenho
competência para o fazer, o que me apercebo é que o jornalismo
escrito e falado, por variadas razões -sobretudo de índole
financeira por parte dos grupos de media-,
anda pelas ruas da amargura.
Precisamente
por a imprensa
estar a recorrer abusivamente ao "copy e paste" e não procurar
investigar a causa que promove o efeito, o que é certo é que esta
asneira viria esta semana a gerar outra tontice ainda maior por parte
da Antena 1. Mas, para não maçar, para a semana conto tudo.
Uma
boa semana!
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