Hoje
encerraram mais duas lojas comerciais, respectivamente as Decorações de Coimbra e a Loja Euromania, ambas na Rua da Louça e quase frente a
frente.
As
Decorações de Coimbra, com cortinados e artigos para o lar, fez parte
da nossa família comercial durante trinta anos. Em final dos anos
de 1980 ocupou o espaço, até aí, das “Ferragens Rainho”.
No
vidro de uma das montras pode ler-se:
“O
segredo da Mudança
está
em tocar toda a sua energia,
não
em lutar contra o velho,
mas
em construir o novo”
MUDÁMO-NOS
CAROS CLIENTES E AMIGOS.
Saímos
da baixa.
30
anos a fazer muitas pessoas felizes e satisfeitas.
Vamos
fazer os 31 em SANTA CLARA (perto do Lidle).
Sabemos
que os nossos clientes nos seguem sempre.
Vamos
trabalhar num horário diferente.
MARQUE
connosco para nos visitar.
O
nosso decorador:
Sr.
Dias 917 428 162
A
nossa criativa:
Anabela
Dias 919 428 162
Gratos
por tudo.”
A
Loja Euromania -este grupo detém outra similar na Rua da Gala com
artigos decorativos variados- esteve instalada na Rua da Louça cerca de três anos.
Embora
a mensagem escrita no vidro das Decorações de Coimbra diga tudo, o
sentimento projectado no sofrimento da partida de alguém que foi um
dos nossos durante décadas, pela angústia que nos cria, sempre
acrescento mais algumas palavras. E por isso e para isso, porque
escrevemos sobre nostalgia, saudade, tristeza por se partir sem ser
verdadeiramente o desejado, por ter sido talvez a única opção
possível, começo por relembrar a letra do “Cantar
de Emigração”, de
Adriano Correia de Oliveira:
“Este parte, aquele parte e todos, todos se vão...”
(se quiser ouvir a melodia, clique aqui em cima). Ou então, já que estou
virado para grandes poemas que marcam a minha vida, deixo também o
de Sebastião Antunes, do grupo a “Quadrilha” (se quiser ouvir a canção, clique aqui em cima):
Tinha
uma história que nunca contava,
trazia um quarto fechado no olhar,
E uma viagem que planeava,
mas não começava para nunca acabar.
Tinha um sorriso guardado em segredo,
mas não sorria para não o contar,
tinha uma chave que fechava o medo,
nalgum arvoredo onde não queria entrar.
E quando a noite já ia serena,
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
E quando a noite já ia serena
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
trazia um quarto fechado no olhar,
E uma viagem que planeava,
mas não começava para nunca acabar.
Tinha um sorriso guardado em segredo,
mas não sorria para não o contar,
tinha uma chave que fechava o medo,
nalgum arvoredo onde não queria entrar.
E quando a noite já ia serena,
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
E quando a noite já ia serena
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
(…)
Uma
salva de palmas para as duas lojas que partem. Mas, correndo o risco
de não ser equitativo, um enorme abraço e desejo de boa-sorte para
a família Dias.
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