Um bocado combalida, resultado de uma queda
recente, a senhora Rosa Maria vende os deliciosos bolos de Ançã, produzidos na
terra que a viu nascer e por lá continua a fazer a sua vida “sem gostar muito”, enfatiza. Em busca de
uma cidadania plena, onde não falte trabalho e haja dignidade por quem recusa
ousar deixar abater-se nas nuvens de conformismo, junto à Loja do Cidadão a dona
Rosa deixa-se fotografar. Quando lhe digo que é para um blogue interroga: “não é para me fazer mal, pois não? Não vai
dizer mal de mim, ou vai?”
Claro que não, respondo. Trata-se
apenas de retratar uma antiga profissão em desaparecimento e que agora, ao que
parece, está novamente a recrudescer. Até há pouco tempo só uma senhora muito
querida vendia os irrecusáveis doces de Ançã, a Dona Mercês de que já falei aqui.
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