sábado, 1 de agosto de 2015

ROCK IN RIO EM COIMBRA?! E POR QUE NÃO?





Por Alex Ramos


Em Portugal os grandes eventos de verão restringem-se a três áreas geográficas: Lisboa, Porto e Algarve. Tirando um ou outro local mítico no país, por exemplo, em Paredes de Coura, como o Meo Sudoeste, tudo fica limitado e o restante território transforma-se num deserto musical de festas e festinhas para turista ver. É certo que há a Expofacic, em Cantanhede, mas, como se sabe, não se trata de um festival mas de uma feira onde, por acaso, tem  um bom palco central e outros menores em volta onde vão alguns nomes sonantes da música portuguesa e mundial.
Coimbra, quer se queira quer não, devido à Universidade ser o motor económico da cidade, desenvolve dois pólos de turismo direccionados para dois mercados riquíssimos mas não os aproveita na totalidade. Um, interno, é ocupado pelos estudantes em trânsito, que dão vida à urbe, e outro, externo, pelos turistas que nos visitam diariamente, no verão e no inverno.
Estando a urbe focada quase todo o ano em torno dos jovens, universitários e outros, não se faz nada para os cativar e para os manter cá durante o verão. Só para exemplificar, na Figueira da Foz faz-se, desde há uns anos para cá, dois festivais: o “Summit Sunset” e outro festival de rock. Temos infra-estruturas, por que não as usar? Porque não fazer da Lusa Atenas um “NOS ALIVE”, no género do que se realiza no Passeio Marítimo de Algés? Passo a explicar melhor: na margem esquerda, temos o Estádio Universitário algo abandonado, ou pelo menos sub-aproveitado tendo em conta a sua excepcional localização. Ao lado, temos a “Praça da Canção” e como vizinho a área envolvente do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. No lado oposto, temos aquela zona verde imensa, o Parque Verde do Mondego, acompanhada de um lençol de água espectacular. Para contribuir, junto, possuímos estacionamentos para dar e vender.
Então interrogo: o que faz falta? Vontade? Até temos um palco enorme no Choupalinho, na “Praça da Canção”. O que é preciso fazer para termos lá grandes nomes ligados à música electrónica ou ligeira, como  avicii  armin, van burren, tiesto, guetta hardwell. Não faltam possibilidades de escolha. O festival poderia decorrer nos três últimos dias de um qualquer fim-de-semana de Agosto
A Baixa, na Praça do Comércio, entre outras, poderia participar com palcos para discoteca rave, como se fez na passagem de fim-de-ano. A zona histórica, nestes dias, ganharia uma nova vida, sobretudo para a hotelaria e, se calhar, o comércio também. O último festival “Sunset”, da Figueira da Foz, teve mais de 80 mil pessoas. Consegue-se imaginar estes milhares a consumir por cá?
Seguindo o exemplo de Cantanhede, se calhar, a bem do interesse maior da cidade, a Câmara Municipal de Coimbra deveria ser parceiro activo e envolver-se neste evento. Temos tudo para podermos ser um palco do mundo. Temos duas margens de um rio único, temos o essencial, somos Património Mundial, o que falta?
Acredito que às vezes uma ideia pode revolucionar tudo o que conhecemos. Vamos pensar nisto?







3 comentários:

João Neto disse...

Estou contigo!
Partilho totalmente a tua opiniao e subscrevo desde ja a criacao de um grupo de trabalho para desenvolver este tema.

LUIS FERNANDES disse...

Obrigado, meu rapaz! Só uma ressalva: este texto, embora composto por mim, não é meu. É de Alex Ramos, conforme indicação. Abraço, companheirão.

Unknown disse...

É uma boa ideia. Apesar da queixa dos barulhos do Queimódrmo e do lixo que fazem não se deve condenar uma ideia por que é mal realizada. Estes festivais acolhem muita gente nova e era uma maneira de manter viva Coimbra no Verão. Boa malha Alex.