Vamos imaginar que somos turistas recém-aportados
à Baixa da cidade. Desembocamos na Praça 8 de Maio, hall de entrada para a Igreja de Santa Cruz e Panteão Nacional, e
deparamo-nos com uma bagunçada de objectos coloridos no chão da pedra lajeada.
Estou certo, primeiro não entende, depois começa a tentar perceber e, aos
poucos, chega à conclusão de que todo aquele aparato tem a ver com as crianças
(e os adultos) e o brincar. Hoje, 28 de Maio, é o Dia Internacional do Brincar.
Antes de prosseguir, ressalvo que não tenho
nada contra a “Comunidade Coimbra a
Brincar”, com página no Facebook.
Aliás, sublinho, tenho o maior apreço por estas pessoas voluntárias que se esforçam
para que o brincar, essa lúdica necessidade humana, não se perca de vez a favor
dos tablet’s e outros ecrãs no género, que levam ao individualismo e ao
isolamento social.
O que me levou a escrever esta crónica é o
pensar que esta praça, com a dignidade que merece e pela envolvência histórica que
carrega, não é o local indicado para estas manifestações por mais fundamentadas
que sejam, como é o caso. Não é a primeira vez que escrevo sobre a necessidade
de transformar este átrio unicamente para demonstrações musicais, teatro de rua
ou outra qualquer performance artística.
Pode até parecer que estou a escrever
somente com o objectivo de “pôr a baixo”.
Se é isso que transparece, lamento desiludir mas não me movem interesses menos
claros. Nem escrevo sobre este evento por que não tenha outro qualquer tema para elevar
à colação.
Talvez valesse a pena pensar nisto. Se não
vale, siga a rusga! Continuemos na mesma até que o “Conquistador” se aborreça de tanta falta de respeito e, através de
petição pública, queira mudar para o Mosteiro dos Jerónimos.
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