A TREMOCEIRA
Sou a
Adelaide, tremoceira,
noventa anos de vida
a moirejar em trabalheira,
p’ra não sentir na algibeira
a reforma desvalida;
No
trabalho sou guerreira,
convicta de religião,
recuso a sombra da azinheira,
sou livro de cabeceira
para quem procurar lição.
VENDO TREMOÇO, AMENDOIM E PINHOADA.
REZO A DEUS PARA ACORDAR DE MADRUGADA
Para os
novos sou uma canseira,
para os velhos muito atrevida,
arranjo sempre maneira
de meter a "calçadeira"
e sorrir na despedida;
Às vezes
espreito a vidraça,
já não sei onde é que estou,
chego a sentir-me sem graça,
um barco que encalhou
e uma gaivota esvoaça.
Pode ler aqui um pouco da história da Adelaide, Tremoceira:
"A tremoceira fez anos"
"A última tremoceira"
"Lágrimas com prémio para quem?"
"A última tremoceira"
"Uma imagem por acaso"
"Divagando por becos e ruelas"
"Uma vizinhança em brasa"
"Um ouvido indiscreto"
"Umas fotos... por acaso"
"Uma imagem de luta"
"Uma imagem por acaso"
"Coimbra cidade do ridículo"
"Um ícone vivo"
"Hoje o blogue está com serviços mínimos"
"Chegaram as castanhas"
"O chá da tremoceira"
"Uma volta ao quarteirão"
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