(Imagem do semanário Sol)
Cada vez me convenço mais que, a começar pelo
Presidente da República, estamos rodeados de humanos cegos em terra iluminada
pelos deuses. Como é que se pode admitir que o problema do empossamento do
governo esteja a consumir todas as nossas energias? O que chateia é o cirandar
para a direita, joeirar para a esquerda e não saímos disto. A solução não está
à vista de todos? Repare-se que, mais que certo, Nossa Senhora de todos os Sufrágios até deu uma ajuda e dividiu o rectângulo ao meio. A norte os
portugueses votaram à direita e maioritariamente na Coligação PàF, a sul os
nacionais sufragaram o PS e outros partidos à esquerda. Então o que deve Cavaco Silva fazer? O
óbvio! Corta a quinta ao meio e nomeia dois governos, um de direita para cima,
laranja e azul, e outro de esquerda para baixo, rosa e vermelho. Cada um fica
com seu quintal. A sede de governo a norte, por razões históricas, será em
Coimbra. A sul a casa governamental ficará em Évora.
O Parlamento da República será
divido com uma linha, um limbo, e, lá no hemiciclo em Lisboa, cada grupo de
costas voltadas, cuida da sua vidinha. Juntam-se no bar do Parlamento para
beber uns copos e trocar ideias, e mais nada! Cada um na sua.
Mas isto não é claro como a água? É certo que
os mais puristas vêm dizer que a Constituição Portuguesa não permite. Ora, ora!
Manda-se a magna carta às urtigas!
Porque é que
sou tão inteligente e o presidente da República não me convida para assessor?
Se calhar não gosta de mim. Sei lá!
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