quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O CAUTELEIRO CEGO



O CAUTELEIRO CEGO


Sou o cauteleiro Valdemar
com poiso na rua larga,
vendo a sorte grande em fracções,
esquecendo as minhas aflições,
dou a esperança a quem joga;
Vejo o mundo numa só cor
com um sorriso nos lábios,
prego a todos o meu amor,
falo com Deus, Nosso Senhor,
para nos dar felicidade.

Deus diz... para eu ser feliz,
foi o que eu fiz,
e nada mais!
Dizem que sou pobre cego,
por não enxergar a luz,
tenho pena, não o nego,
não faço disso uma cruz,
nem às costas a carrego;
Tenho uma enorme intuição,
e sou capaz de adivinhar
quantas pedras tem o chão,
quantos peixes tem o mar,
mas eu não quero!




Leia aqui a história de Valdemar:




Sem comentários: