(Imagem da Web)
A fotografia que reproduzo acima mostra o
estado em que se encontrava hoje, à hora do almoço, o lago, tanque, piscina,
cinzeiro, ou o que lhe quiserem chamar, da Praça 8 de Maio. A cor esverdeada,
mais que certo devido a micro-organismos, e o lixo que se encontrava na água
mostram bem alguma perigosidade, sobretudo, para crianças e animais.
Lembro que este agora tanque de águas paradas nasceu
assim no projecto arquitectónico inicial de transformação da Praça 8 de Maio,
em finais da década de 1990, da autoria de Fernando Távora. Estou em crer, já
na altura devido a ser um depósito de detritos, Carlos Encarnação, que ganhou a
Câmara Municipal em 2001, viria a remodelar a apresentação pública desta obra
arredondada e colocada no meio do antigo Terreiro de Santa Cruz, Praça de
Sanção –que lhe advém de um chafariz existente e com a imagem de Sansão ao
centro, provavelmente no mesmo sítio do agora lago. Encarnação realizou o
óbvio, sem alterar o projecto inicial, mandou colocar uma grelha e pôr uns repuxos
com iluminação, que davam um aspecto fresco ao largo e impediam a aparência de
abandono –que se verifica hoje, conforme a fotografia em cima.
Em 2013, a Coligação por Coimbra perdeu as
eleições para o antigo ocupante do paço municipal, Manuel Machado e actual
presidente da edilidade.
Em finais de Outubro de 2014, e
pouco tempo depois de, alegadamente, ter sido colocada uma bomba de água que
teria custado ao erário público cerca de 4000 euros, foi tudo desmanchado e
voltou ao modelo inicial. Resultado de tudo isto? Entre alguns estrangeiros que lá tomam banho e volta e meia lá andarem os
funcionários camarários a lavar o tanque e a mudar o líquido que deveria ser transparente, como é de ver,
não há água com paciência para aguentar tanta teimosia e que não se passe para
o verde –suponho que Jesus não terá nada a ver com isto.
Não era uma boa medida voltar ao protótipo que
estava antes? Estamos ou não perante uma teimosia que (nos) custa largos
milhares de euros ao ano?
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