sexta-feira, 12 de junho de 2015

O TANQUE DA PRAÇA É UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA

(Imagem da Web)




A fotografia que reproduzo acima mostra o estado em que se encontrava hoje, à hora do almoço, o lago, tanque, piscina, cinzeiro, ou o que lhe quiserem chamar, da Praça 8 de Maio. A cor esverdeada, mais que certo devido a micro-organismos, e o lixo que se encontrava na água mostram bem alguma perigosidade, sobretudo, para crianças e animais.
Lembro que este agora tanque de águas paradas nasceu assim no projecto arquitectónico inicial de transformação da Praça 8 de Maio, em finais da década de 1990, da autoria de Fernando Távora. Estou em crer, já na altura devido a ser um depósito de detritos, Carlos Encarnação, que ganhou a Câmara Municipal em 2001, viria a remodelar a apresentação pública desta obra arredondada e colocada no meio do antigo Terreiro de Santa Cruz, Praça de Sanção –que lhe advém de um chafariz existente e com a imagem de Sansão ao centro, provavelmente no mesmo sítio do agora lago. Encarnação realizou o óbvio, sem alterar o projecto inicial, mandou colocar uma grelha e pôr uns repuxos com iluminação, que davam um aspecto fresco ao largo e impediam a aparência de abandono –que se verifica hoje, conforme a fotografia em cima.
Em 2013, a Coligação por Coimbra perdeu as eleições para o antigo ocupante do paço municipal, Manuel Machado e actual presidente da edilidade.
Em finais de Outubro de 2014, e pouco tempo depois de, alegadamente, ter sido colocada uma bomba de água que teria custado ao erário público cerca de 4000 euros, foi tudo desmanchado e voltou ao modelo inicial. Resultado de tudo isto? Entre alguns estrangeiros que lá tomam banho e volta e meia lá andarem os funcionários camarários a lavar o tanque e a mudar o líquido que deveria ser transparente, como é de ver, não há água com paciência para aguentar tanta teimosia e que não se passe para o verde –suponho que Jesus não terá nada a ver com isto.
Não era uma boa medida voltar ao protótipo que estava antes? Estamos ou não perante uma teimosia que (nos) custa largos milhares de euros ao ano?

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