“O senhor quer almoçar? Ai já almoçou! E uma sobremesa, não vai? Ai, diz
que está gordinho? Não está nada! Porque não experimenta a nossa suculenta
doçaria? Não vai mesmo? E um café? Também não?”
Quem me fez hoje todos estes convites em
pacote embrulhado em papel de simpatia e impregnado com um fantástico sorriso
foi a Rita Nunes, em frente ao Restaurante
A Taberninha, na Praça do Comércio. Mas, conte-me lá Rita, quem é você e o que faz aqui?
“Tenho 21 anos, sou natural de São Martinho do Bispo, em Coimbra, e
estou aqui a trabalhar há dois dias. Estudava enfermagem, frequentava o segundo
ano, mas tive de desistir: não tinha dinheiro para as propinas. Estava a
acumular dívidas e tinha de tomar uma atitude. Comecei a mandar currículos para
tudo quanto era empresa e foi assim que vim para aqui trabalhar. O labor nunca
me deu medo nem assombração. Se tem de ser tem de ser. Ponto Final e parágrafo.
Como já trabalhei em promoções em algumas grandes superfícies, o serviço que estou
a prestar agora neste restaurante é canja!"
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