Mais logo, quando os relógios
estiverem entre as 21 e 22 horas –às 21h30- o Terreiro da Erva estará repleto
de cidadãos para participarem no debate sobre o futuro da cidade, do movimento
independente “Cidadãos por Coimbra”, e com o lema “Coimbra com Centro um Centro
com gente – Regeneração urbana em debate”.
O painel de oradores será
constituído por José António Bandeirinha, Luísa Bebiano Correia e Francisca
Moreira.
Fica aqui o press relese:
“A reabilitação do centro
histórico de Coimbra é talvez a prioridade das prioridades de uma estratégia de
valorização e desenvolvimento da cidade. Constitui não somente uma necessidade
gritante, dada a situação moribunda da Alta e da Baixa, mas, ao mesmo tempo,
uma oportunidade que uma política autárquica digna desse nome deve agarrar. A
cidade necessita de um centro densificado, habitado, vivo e economicamente
dinâmico. Para tal, precisa de soluções de qualidade excepcional na recuperação
do edificado e na salvaguarda do património, ao mesmo tempo que exige imensa
criatividade na captação e implementação de projectos económicos que dêem vida
ao território e o tornem apelativo a novos habitantes. A estas devem juntar-se
estratégias que dinamizem o sector habitacional, indispensável a todo o
processo.
Há vários anos que políticas
erradas têm conduzido à decrepitude do centro histórico: desde opções
urbanísticas que promoveram a construção desenfreada nas periferias, em
detrimento da recuperação e da habitação no centro – opções que o novo PDM
ameaça fazer perdurar – a uma Sociedade de Reabilitação Urbana consumidora de
fundos públicos e incapaz, até ao momento, de encontrar soluções satisfatórias
e viáveis para a Baixa. Mesmo ao lado da R. da Sofia, hoje declarada património
universal da UNESCO, o anterior executivo camarário permitiu a demolição de
todo um quarteirão da Baixinha, a pretexto de um Metro de Superfície, que
possivelmente jamais se concretizará. Este buraco negro é testemunho do
desleixo e da incúria relativas ao centro histórico daqueles que sucessivamente
governaram a cidade, preocupados sobretudo com o negócio proveniente do
imobiliário e indiferentes ao desmembramento da cidade numa disforme mancha de
óleo. A situação do comércio da Baixa reflecte, igualmente, políticas erradas
de licenciamento de grandes superfícies e a incapacidade de estimular e
promover actividades quer tradicionais quer inovadoras, nomeadamente do sector
criativo, que pudessem servir de âncora e alavanca à recuperação económica
deste território.
Numa altura em que os sectores
imobiliário e da construção atravessam crises profundas, a reabilitação e
requalificação do centro histórico pode ou não constituir uma oportunidade de
criação de emprego e de valor económico? Que soluções arquitectónicas e
financeiras se devem privilegiar para a recuperação com qualidade do edificado
e do património da Baixa e da Alta? Deve ou não manter-se a SRU? Como articular
esta recuperação com a captação de projectos económicos? Qual a função do
sector criativo, em sentido amplo, na requalificação do centro histórico?
É no Terreiro da Erva, espaço
emblemático para a discussão destas e de muitas outras questões relativas à
reabilitação e requalificação do centro histórico que nos reuniremos no próximo
dia 17 de Julho, para mais um debate organizado pelo Movimento Cidadãos por
Coimbra.”
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