Há duas semanas escrevi um texto
com o título: “O Olhar do Gato Persa”.
Em jeito de fábula, pretendia ser um ponto de partida para a reflexão. Acima de
tudo, fazer-nos pensar que embora o respeito, na protecção, pelos animais deva
ser arrogado através da educação e posteriormente legitimado nas tábuas da lei é preciso usar de alguma
ponderação na equidistância entre irracionais e humanos. Como ressalva, tenho
uma grande deferência por todos os seres vivos. Não sou anti-tourada, tento
entender os usos e costumes, mas aquele espectáculo bárbaro repugna-me. Não está
de acordo com os ideais que devem perseguir a humanidade sobre todos os seres
vivos.
Quando plasmei o texto sobre o gato persa, estaria muito longe de imaginar
que a autarquia de Coimbra iria assinar um protocolo com uma associação de defesa de gatos
e pagar-lhe mensalmente 600 euros ao longo de quatro anos. Num tempo de
escassez de recursos para acudir aos humanos na cidade, muitos deles a passarem
fome, há aqui qualquer coisa que se não está no reino do absurdo anda lá
próximo.
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