Daqui a pouco, quando o comboio
das 18h00 estiver a partir da Estação Nova, será inaugurada, no estacionamento do
Hotel Oslo, Parkhotel, na Avenida Fernão de Magalhães, uma exposição permanente
de fotografias do conceituado fotógrafo Paulo Abrantes.
Trata-se de um portefólio de imagens
representativas de ícones do comércio tradicional, alguns a desaparecerem
diariamente, outros que já se foram e apenas o seu esboço ficou na memória coletiva.
Uma mostra que recomendo vivamente a todos os que amam a Baixa.
É graças a pessoas como o Paulo que
a memória não se apagará para os vindouros. Se não houvesse voluntários a cuidar
das campas deste cemitério comercial
um dia a história da cidade não seria tratada da mesma forma. E aqui, com uma grande lata e falta de vergonha, tenho
de me auto-citar. Há 6 anos que, diariamente, escrevo sobre o que se passa na
Baixa, comercialmente e não só. Falo
um pouco de tudo, mas sem cair na tentação de cortar na casaca apenas pelo
gosto de usar a tesoura. Nada disso. Quem faz o favor de me acompanhar deve
saber que faço um grande esforço para, na minha natural subjectividade, relatar
com objectividade. Procuro ser credível e sério. Praticamente, desde 2007, está
neste blogue a informação sobre todas as casas que abriram, reabriram e
encerraram. Neste blogue, apelidado de questões nacionais mas intrinsecamente
local, estão todos os cromos e pessoas que, de uma maneira geral, se salientaram,
ou por bem ou por mal. Não minto se escrever que é deste blogue que sai muito
trabalho, sobre a Baixa, para teses de trabalhos universitários. Claro que não sou
só eu que desenvolvo este “metier”. Há muitos mais. Estou a lembrar-me do Jorge
Neves que, no seu blogue “In dependente de Coimbra a Penacova", faz um constante
apelo à cidadania activa.
Acabei por me desviar da
exposição do Paulo Abrantes, mas o que queria dizer é que o mínimo que cada um
de nós pode fazer é participar no que se escreve ou se expõe publicamente.
Vamos lá então todos, mas todos, ver as magníficas fotografias ao Parkhotel do Oslo.
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