Depois de um interregno de cerca de um mês, aqui e aqui, esta
semana reabriu o Café Puri Doces, na Rua das Padeiras. Já por duas vezes se verificou
encerramento da actividade. Segundo o senhor Jorge, o proprietário. “É a terceira e última tentativa que estou a
fazer. Depois de tantos anos, custa-me muito abandonar, sem mais nem menos, o
estabelecimento. É uma dor de alma, um derramar de sofrimento, uma pessoa ter de
desistir de algo que foi um sonho, sabe? É a minha vida que está aqui. E quando
falo assim, não refiro apenas o investimento que aloquei. Um negócio é como um
casamento. Uma pessoa aposta tudo convencido que será para sempre. Se falhamos,
se não dá certo, sentimos um vazio, um rasgo na alma, uma queda abrupta num
desfiladeiro imaginário. É triste, sabe? Vou tentar outra vez. Gostava que as
pessoas que me rodeiam, os meus clientes, entendessem estas minhas interrupções.
Em mensagem por este meio, gostava de lhes dizer que agora, nesta mais uma
tentativa, me sinto com mais forças. Claro que preciso da ajuda de todos para
me manter cá. Venham ao meu café!”
Vamos todos ajudar o senhor
Jorge? Afinal, frequentando ou não, somos nós os responsáveis pela permanência
de um estabelecimento aberto ou encerrado. Somos ou não somos?
TEXTOS RELACIONADOS
Sem comentários:
Enviar um comentário