A Igreja São Tiago, na Praça do
Comércio, em Coimbra, foi recentemente vandalizada. Em um dos capitéis
exteriores, do lado direito de quem entra, ornamentados com motivos vegetalistas
e animais, é patente a decapitação da cabeça de um leão. Para além disso, a
porta em madeira virada para a Praça do Comércio está rasurada com tinta de
esferográfica e com giz. Como se fosse pouco, para além da degradação acentuada
nas colunas da janela do lado direito, no telhado avista-se uns pequenos
matagais a mostrar que esta cidade, a que chamam de cultura, preza muito pouco
a sua riqueza histórica e memorial.
Só para lembrar, este templo foi
construído entre o final do século XII e princípios do século XIII e constitui uma das
mais extraordinárias manifestações do estilo românico na cidade. Segundo reza a
história foi erguido para dar guarida aos muitos peregrinos que, em trânsito, se dirigiam a
São Tiago de Compostela.
Já por várias vezes chamei a atenção para o permanente e prejudicial encerramento deste e de outros templos na Baixa, incluindo uma carta aberta ao senhor Bispo de
Coimbra, D. Virgílio Antunes. Até à data não obtive resposta. Mas como sou
muito paciente, e se Deus Nosso Senhor quiser, acredito piamente que Dom
Virgílio ainda me vai “passar cartão”.
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