(Imagem da Web)
Patrocínio Tavares fazia parte de
um grupo restrito de empresários da cidade que, depois do 25 de Abril, a pulso,
a remarem num oceano revolto, com intuição e “low profile” souberam conduzir o
seu barco a bom porto. Se a actividade económica começando por ser
intrinsecamente de labor egoísta, à medida que vai crescendo, acaba por ser o
motor essencial do desenvolvimento social, em paradigma, com o trabalho
realizado na cidade por este empresário, mostra bem o quão importante é o seu desempenho.
Nestes tempos em que homens de têmpera, sobretudo de palavra, escasseiam, tenho
a certeza de que Coimbra, com o desaparecimento de Patrocínio Tavares, ficou
mais empobrecida. É evidente que vai-se o homem mas fica a sua obra
materializada e a sua memória para quem conviveu com ele de perto.
Para além de passar e estar
algumas vezes junto ao agora falecido, nunca trocámos uma palavra. Isso também
não interessa nada. Era um homem da Baixa, que desempenhava o seu trabalho
neste centro comercial antigo e isso chega. Como tal, enquanto de certo modo
mensageiro do que aqui se passa nesta zona de antanho, cumpre-me registar a sua
partida e, do mesmo modo que os jornais diários o acentuam, todos ficamos com a
certeza de que partiu um homem que contribuiu para o progresso económico de
Coimbra.
Em nome de todos quantos labutam
por aqui, se posso escrever assim, à família enlutada, os nossos sentidos
pêsames.
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